Universidade japonesa desenvolve satélites de madeira para eliminar lixo espacial
Por: Adriano Dias
01/01/2021 – 12h45
Sabe aqueles detritos espaciais que se encontram em órbita ao redor da Terra? Pois é, a informação que chega é que esses lixos espaciais estão com os dias contados. No Japão, uma empresa local se juntou a Universidade de Kyoto para desenvolver os primeiros satélites do mundo feitos de madeira até 2023. Para a rede britânica BBC, a Sumitomo Forestry disse que iniciou pesquisas sobre o cultivo de árvores e o uso de materiais de madeira no espaço. A parceria começará a experimentar diferentes tipos de madeira em ambientes extremos da Terra.
Segundo os idealizadores, o lixo espacial está se tornando um problema crescente à medida que mais satélites são lançados na atmosfera. Como alternativa, satélites de madeira queimariam sem deixar resíduos nocivos na atmosfera ou detritos no solo quando voltassem para a Terra.
“Estamos muito preocupados com o fato de que todos os satélites que reentram na atmosfera da Terra queimam e criam minúsculas partículas de alumina (óxido de alumínio) que flutuam na atmosfera superior por muitos anos”, detalha Takao Doi, professor da Universidade de Kyoto e astronauta japonês à BBC.
Os perigos do lixo espacial
Especialistas alertaram sobre a eminente ameaça de lixo espacial caindo na Terra, conforme mais espaçonaves e satélites são lançados. Eles afirmam que os satélites são cada vez mais usados para comunicação, televisão, navegação e previsão do tempo. Todos eles estão trabalhando para encontrar alternativas para remover e reduzir o lixo espacial.
Segundo o Fórum Econômico Mundial, existem cerca de 6 mil satélites circulando a Terra. Cerca de 60% deles estão extintos. Só Elon Musk, com o seu SpaceX , já lançou mais de 900 satélites Starlink e tem planos de implantar outros milhares.
O lixo espacial viaja a uma velocidade incrivelmente rápida, de mais de 22,3 mil m/h e pode causar danos consideráveis a qualquer objeto que atingir.
Nesta década que acaba de começar, dados da empresa Euroconsult mostram que 990 satélites podem ser lançados todos os anos, o que significa que, até 2028, pode haver 15 mil satélites em órbita.
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