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Primeira cirurgia robótica contra diabetes tipo 2 é realizada no Brasil

Por: Adriano Dias
07/08/2021 – 10h25

Novidade foi apresentada por uma universidade no Paraná. (Foto reprodução Internet)

 

Atualmente, 151 milhões de adultos brasileiros enfrentam uma batalha contra uma doença que, quando atinge, pode desencadear inúmeras complicações no nosso organismo. Estamos falando da diabetes. Ainda segundo este relatório, divulgado pela Federação Internacional de Diabetes, o Brasil ocupa a 5ª posição de incidência desta doença pelo mundo – perdendo apenas para China, Índia, Estados Unidos e Paquistão.

Este mesmo relatório mostra que estes casos crescentes se devem principalmente ao aumento do diabetes tipo 2, onde estão inclusos o aumento da taxa de obesidade, das chamadas “dietas não saudáveis” e da ausência de atividades físicas. Porém, uma parceria pode ajudar a virar esse jogo para os brasileiros e, futuramente, reverter essa preocupante estatística.

União médico-científica

Em Curitiba, o empresário Edmilson Dalla Vecchia Ribas, de 61 anos, atingiu o feito de ser a primeira pessoa diagnosticada com diabetes do tipo 2 submetido a uma cirurgia metabólica robótica em todo o mundo. Este processo foi realizado no mês passado, no Hospital Marcelino Champagnat. A unidade hospitalar é ligada à Pontifícia Universidade Católica do Paraná.

Em relato divulgado pelo site Agência Brasil, o empresário informou que o processo foi realizado com sucesso e que já se encontra em sua residência. E o melhor: não foi necessário utilizar insulina. O robô é pertencente ao médico cirurgião Alcides Branco, responsável pela cirurgia metabólica e pioneira na técnica robótica. O profissional explicou que o uso do robô trouxe mais segurança e resultados. Até então, se fazia uma incisão na barriga do paciente, seguiu-se a laparoscopia por vídeos e, agora, a cirurgia com ajuda de robôs.

Além de Edmilson, existem mais três pacientes cadastrados para fazer a mesma cirurgia com auxílio do robô. Segundo o médico, a doença tem um vasto tratamento clínico, mas há uma porcentagem pequena de pacientes que não responde ao uso de medicamentos.

Número reduzido

De acordo com Alcides Branco, nem todos os pacientes com diabetes tipo 2 estão aptos a se submeter à cirurgia metabólica robótica. Esse processo é indicado apenas para casos onde o paciente não apresenta melhoras com tratamento clínico ou insulina. Essa triagem é feita pelo endocrinologista ou clínico geral.

Além disso, a pessoa precisa: estar diagnosticada com diabetes há menos de dez anos; ter menos de 70 anos de idade; usar dois ou três comprimidos por dia; fazer uso de insulina; e ter obesidade grau 1, ou seja, Índice de Massa Corpórea (IMC) abaixo de 35. Se o paciente for obeso mórbido, o recomendado é a cirurgia bariátrica.

Neste modelo, de acordo com o responsável, o cirurgião controla um robô com quatro braços mecânicos equipados com diversos instrumentos médicos através de um painel de controle na sala de cirurgia. O equipamento possui câmeras que entregam imagens em 3D, ampliadas em até 20 vezes, com braços articulados em até 360º, o que permite maior liberdade e controle de movimento.

Entre as principais vantagens, o uso do robô garante maior precisão de movimentos e uma cirurgia menos invasiva, com redução de tempo de cirurgia e recuperação do paciente mais rápida que nos métodos convencionais com videlaparoscopia. Que essa novidade tecnológica possa estar disponível o mais rápido possível para outros que sofrem com a diabetes Brasil afora.

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