Minibiblioteca itinerante chega à primeira escola da Cidade de Deus
Por: Lohrrany Alvim
20/11/2021 – 10h15
A pandemia de Covid-19 trouxe muitas angústias, além da experiência de isolamento e distanciamento social. Para muitas pessoas, inclusive os pequenos, os maiores companheiros durante estes momentos difíceis foram os livros. De acordo com o Sindicato Nacional dos Editores de Livros, neste ano de 2021, o setor está crescendo de forma robusta inclusive sobre 2019, período anterior à pandemia.
“Acho que as pessoas redescobriram o prazer de ler e [isso] recolocou o livro nos hábitos diários”, ressalta Marcos da Veiga Pereira, presidente do Snel.
Caixote do Saber
Um projeto simples e bastante aceito na comunidade Cidade de Deus, na Zona Oeste do Rio de Janeiro, utiliza caixotes de madeira empilhados – um em cima do outro – para espalhar livros e muita alegria pelas ruas do local. Foram disponibilizados 220 livros em 2020, quando o projeto foi lançado.
O “Caixote do Saber” foi tão bem aceito que chegou à primeira escola da comunidade. A biblioteca itinerante, desenvolvida pelo publicitário André Melo, tem como objetivo incentivar crianças a lerem mais. E foi com esse pensamento que a Escola Municipal Frederico Eyer abraçou a causa. A ideia da ONG Noiz, responsável pela ação, é de espalhar o projeto por outros pontos da comunidade.
André Melo notou que muitas instituições da comunidade não têm biblioteca. Com o retorno das aulas presenciais, ele disse em entrevista ao portal Só Notícia Boa que iniciou o contato com alguns diretores, que logo aprovaram a proposta.
Minibiblioteca nas escolas
A diretora adjunta da Escola Municipal Frederico Eyer, Laura Fernanda Sá, ficou muito feliz com a possibilidade de contar com o projeto e logo de cara aceitou a proposta.
“Nossa escola atende alunos da Educação Infantil ao 5° ano do Ensino Fundamental. Nos encantamos com a ideia do Caixote do Saber, porque este projeto vai ampliar o acesso de todos da comunidade escolar aos livros, incentivando ainda mais a leitura”, declara a diretora.
Além de montar e levar a iniciativa para a escola, a ONG Nóiz vai repor os livros quando necessário.
“Quem já nos conhece sabe que amar, educar e profissionalizar é o nosso lema. Entendemos que a educação é a porta que precisa estar sempre aberta na luta contra a desigualdade social. E poder ver crianças, jovens e adultos terem acesso fácil aos livros por meio do caixote, é realmente uma felicidade muito grande”, finaliza André.
Doação
Se você gostou do projeto e deseja doar livros para o “Caixote do Saber”, é só entrar em contato com a ONG Nóiz pelo Instagram e combinar a entrega.
Veja também: Campanha recolhe livros infantis para doar à Biblioteca Parque da Rocinha
> Voltar