A importância da empatia para se viver em sociedade
Ser simpático não é a mesma coisa que empático; veja sugestões de como exercer a empatia e conseguir compreender o próximo.
Segundo o dicionário Aurélio, empatia significa o ato de se colocar no lugar do outro. De acordo com pesquisa realizada pela Universidade de Michigan, nos Estados Unidos, o Brasil ocupa a 51ª posição, do total de 63 países, do ranking de ser empático.
O brasileiro é conhecido mundialmente por ser uma pessoa simpática, alegre e receptiva com todos que visitam o país. Mas então por que o Brasil ocupa uma posição tão ruim no ranking mundial sobre empatia? Segundo a analista comportamental Mariza Baumbach, “o país não é bem avaliado, pois o brasileiro não é compreensivo, ele não calça o sapato do outro”.
Ainda segundo Mariza, a empatia possui quatro camadas de profundidade, que são: entender a perspectiva do outro, ou seja, a realidade vivenciada, não julgar o próximo, reconhecer a emoção da pessoa e, por fim, comunicar essa emoção a ela.
Como praticar a empatia?
Apesar de muitos confundirem empatia com simpatia, elas não são a mesma coisa. Porém esta confusão tem uma explicação, pois, para se tornar uma pessoa empática você deve ser primeiramente, simpática.
Segundo Baumbach, a empatia é um trabalho de autoconhecimento e é desenvolvida através de treinamento. Para que isso seja possível, o primeiro passo não é pensar no próximo, mas sim em você. O entendimento do que passa dentro da sua cabeça, de compreender a própria emoção, de se conhecer e se observar é fundamental.
Somente é possível sentir o que o outro sente após se autoconhecer. A partir daí é que se consegue compreender as emoções das pessoas que estão próximas, ao ouvi-las e ao praticar o exercício do não julgamento, ou seja, entender a situação, sentir o que o próximo sente e não julgar de acordo com o próprio posicionamento. A dica que a analista dá é tratar os outros como você gostaria de ser tratado.
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Empatia no trabalho
O ambiente de trabalho é uma segunda casa e deveria ser, na teoria e na prática, um local leve e harmonioso para que se possa estar o mais confortável possível. Mas afinal, por que a realidade não é essa em muitas empresas?
De acordo com Mariza, muitas pessoas tentam por a empatia em prática em seus ambientes de trabalho e não conseguem. Isso acontece pois existem colegas de empresa que se aproveitam desta iniciativa para beneficiar a si próprio, o que acaba gerando um clima ruim e não de amizade como é esperado.
Ainda segundo a analista comportamental, é normal que se crie uma defesa após ocasiões como essa, mas é necessário continuar tentando. Seja o líder com os funcionários ou vice-versa, o primeiro passo deve ser dado, e ele começa através da simpatia para, então, partir para os próximos níveis.
Redação por Carlos Eduardo dos Santos
05/03/2020 – 11h29
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