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Fotógrafo registra a região do Pantanal se reerguendo após incêndios de 2020

Por: Adriano Dias
10/06/2022 – 09h20

Ricardo Martins visitou o bioma do Mato Grosso e do Mato Grosso do Sul para fotografar as paisagens e moradores para um livro. (Foto reprodução Internet)

 

Além do avanço da pandemia de covid-19, o Brasil acompanhou principalmente no segundo semestre de 2020, uma das regiões mais bonitas do nosso país ser devastada pelos incêndios atípicos para aquele período. O fogo que atingiu o Pantanal do Mato Grosso e do Mato Grosso do Sul consumiu cerca de 1,250 milhão de hectares, segundo dados divulgados pelo IBAMA (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis). Passada a tragédia, um ano depois, a região foi visitada pelo fotógrafo Ricardo Martins que fez registros para um projeto de livro que quer destacar, entre outras coisas, a renovação do espaço.

Segundo a matéria divulgada pelos sites “Espaço Ecológico” e “Só Notícia Boa”, a região vem se reerguendo após a destruição. Para a iniciativa, foram registradas  fotos de animais bebendo água, plantas nascendo e também resquícios das queimadas como carcaças de jacarés.

Expedição de mais um mês

Na região, o fotógrafo precisou de uma jornada de 50 dias para realizar a produção,  em um trajeto que mescla meios de transporte como automóveis, barcos, um avião, quadriciclos e até cavalos. Segundo o idealizador, para tornar a experiência interativa, algumas páginas do livro têm um código QR, que dá a possibilidade de assistir aos bastidores das fotos, por meio de vídeos no YouTube. “O Pantanal tem uma capacidade incrível de se regenerar, por isso não encontrei muitas cicatrizes visíveis da grande queimada de 2020”, relatou Ricardo.

No entanto, vale destacar que, apesar da grande resiliência da região pantanera, a sequência de queimadas do ano passado foi intensa, a pior dos últimos tempos.

O fotógrafo menciona que, durante a expedição, percebeu o poder de recuperação da vegetação. “O Pantanal tem uma capacidade incrível de se regenerar, por isso não encontrei muitas cicatrizes visíveis da grande queimada de 2020. Mas encontrei uma seca brutal em 2021, que no meu livro chamei de ‘A Grande Seca’, ali presenciei e fotografei a busca de animais desesperados por água.” destaca Ricardo para o site Espaço Ecológico.

O incêndio de 2020

Dados do Laboratório de Aplicações de Satélites Ambientais, da Universidade Federal do Rio de Janeiro, mostram que, entre janeiro e novembro de 2020, o Pantanal teve 30% de sua área atingida pelo fogo. Levando em conta somente o pantanal mato-grossense, esse índice chega a 40% de área consumida por incêndios. O Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) detectou mais de 12 mil focos de incêndio durante 2020. Esses foram os maiores números da série histórica da instituição, que iniciou o monitoramento em 1998.

As labaredas se aproximaram da terra indígena Guato, uma das áreas mais isoladas do bioma em Mato Grosso do Sul e que tem 11 mil hectares.

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