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Cientistas dos EUA desenvolvem marca-passo biodegradável sem fios

Por: Adriano Dias
02/06/2022 – 10h25

Novo modelo também se dissolve no corpo e descarta possibilidade de uma nova cirurgia.(Foto reprodução Internet)

 

As pessoas que sofrem com batimento cardíaco lento tem a opção (com o aval de um profissional de saúde) de utilizar um dispositivo cardíaco para mandar alguns sinais elétricos ao coração para que a frequência cardíaca possa ser acelerada. Esse dispositivo leva o nome de marca-passo. Quando este marca-passo atinge o seu objetivo, ele tem que ser retirado, o que os especialistas classificam como um processo delicado. Para tentar facilitar este mecanismo, um invento pode revolucionar a ciência e ajudar quem vive este desafio.

Projeto dissolúvel

Segundo informações divulgadas pelo site Diário da Saúde, pesquisadores da Northwestern University, em Evanston, no estado norte-americano de Illinois, apresentaram, ainda no ano de 2021, aquele que pode ser o primeiro marca-passo transitório que, de forma inofensiva, dissolve no corpo quando perde a sua utilidade. Nesta nova etapa, os idealizadores divulgaram uma nova versão mais inteligente que é integrada a uma rede coordenada de quatro sensores e unidades de controles macios, flexíveis, sem fio e vestíveis, tudo colocado externamente, ao redor da parte superior do corpo, controlando e monitorando o marca-passo por tecnologia sem fios.

Usando metais solúveis em água e polímeros biodegradáveis, Yeon Sik Choi e seus colegas criaram um módulo totalmente implantável e bioabsorvível que recebe energia sem fio através da pele, dispensando as baterias para realizar a estimulação do coração (epicárdica).

Ainda segundo os idealizadores em entrevista ao site, foi elaborada uma rede integrada de sensores que vão ser instalados na pele, que coletam e transmitem dados para um módulo de controle externo via Bluetooth – essa estrutura é conhecida como “rede local corporal”, para controlar o aparelho e visualizar os dados em tempo real. Os sensores comunicam-se entre si para monitorar continuamente as várias funções fisiológicas do corpo. Além disso, o projeto monitora temperatura corporal, níveis de oxigênio, respiração, tônus muscular, atividade física e, claro, atividade elétrica do coração. Após a terapia, o módulo interno se dissolve no corpo e os módulos de interface com a pele são descolados da mesma, eliminando a necessidade de remoção cirúrgica.

Pelo simples fato de não utilizar fios, este novo marca-passo conserta falhas comuns dos dispositivos implantados, como infecções na linha de transmissão ou a necessidade de procedimentos cirúrgicos para remover ou substituir eletrodos ou baterias dos dispositivos.

A maioria destes produtos médicos usados para fornecer estimulação elétrica do coração, particularmente soluções temporárias para pacientes em recuperação de cirurgia cardíaca, requerem uma combinação de hardware interno conectado a energia externa e sistemas de controle por meio de eletrodos com fio que penetram na pele. Segundo os idealizadores, esses dispositivos apresentam riscos de infecção e limitam a mobilidade do paciente, além de exigir procedimentos cirúrgicos de extração, que podem trazer complicações adicionais.

Para demonstrar a prova de conceito, os pesquisadores usaram o dispositivo para monitorar e controlar a estimulação cardíaca em ratos, cães e em um coração humano sem batimentos.

O que é bradicardia?

Ainda de acordo com os especialistas, a bradicardia é o ritmo cardíaco irregular ou lento, normalmente com menos de 60 batimentos por minuto. Nesse ritmo, o coração não consegue bombear o sangue rico em oxigênio de forma suficiente para o seu corpo durante uma atividade ou exercício físico. Consequentemente, a pessoa sofre de tontura, falta de energia crônica, falta de ar, ou até mesmo de desmaios.

No momento em que seu coração bate muito devagar, você pode apresentar vários sintomas. Esses sintomas, que incluem tontura, desmaios, falta de energia crônica e falta de ar ajudam o médico a avaliar a gravidade das condições do seu coração e a determinar o melhor tratamento para o paciente.

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