Ararinhas-azuis voltam ao Brasil após mais de 20 anos de extinção
Por: Lohrrany Alvim
27/05/2022 – 09h45
Você sabia que a última vez que as ararinhas-azuis foram avistadas na Caatinga brasileira foi no ano 2000? A espécie chegou a ser considerada extinta na região há 22 anos. Desde então, pesquisadores e grupos de ambientalistas iniciaram uma mobilização para tentar reintroduzir as aves ao habitat natural. Agora, oito delas retornarão para o Nordeste e serão soltas na Bahia no dia 11 de junho.
O anúncio foi feito pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), que ajudou na reabilitação e monitoramento das aves, vindas da Europa e alocadas em um centro na cidade de Curaçá, no norte da Bahia. A espécie Cyanopsitta spixii é nativa da Caatinga, bioma predominante na região, e voltará a povoar o céu do sertão do São Francisco.
Ajuda internacional
Para reintegrar as aves na Caatinga, o ICMBio trouxe, em março de 2020, 52 ararinhas da Alemanha e da Bélgica. Elas foram levadas para uma unidade de conservação para serem preparadas para voltar à natureza brasileira. Oito delas retornam para o Nordeste e serão soltas no mês de junho na Bahia. A expectativa é que haja mais solturas nos próximos anos até que exista uma população estável da espécie, em liberdade no norte da Bahia.
Primos próximos
Mudando de estado e de espécie, mas ainda falando sobre extinção, o Zoológico de Belo Horizonte tem um novo integrante bem especial: um filhote de arara-azul-grande. Essa espécie também corria risco de extinção até 2014 e, atualmente, é considerada raríssima, sendo classificada como vulnerável pela União Internacional para Conservação da Natureza (IUCN).
Esse é o segundo filhote da espécie que nasceu na capital mineira. A outra foi uma fêmea em dezembro de 2019 e permaneceu por cerca de 10 meses com os pais, que têm aproximadamente 19 anos. O Zoológico de BH vai acompanhar o desenvolvimento do pássaro até que ele se torne independente.
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