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Pesquisa mostra que professores brasileiros demonstram orgulho de exercer sua profissão

Por: Adriano Dias
06/05/2022 – 10h25

Relatório foi elaborado pela Secretaria de Educação do Estado de São Paulo com o Instituto Ayrton Senna.(Foto reprodução Internet)

 

Atuar como profissional de educação no Brasil requer muita resiliência para lidar com as complexidades dos estudantes em pleno século XXI. No entanto, alguns professores têm algumas exigências para poder exercer sua função. Um inédito monitoramento realizado pelo Instituto Ayrton Sena em parceria com a Secretaria de Educação do Estado de São Paulo aponta que respeito e justiça são as competências mais relevantes para poder exercer essa função tão nobre para o desenvolvimento de uma nação. As informações foram divulgadas pela Agência Brasil.

A pesquisa foi produzida com recolhimento de informações dos professores da rede estadual de São Paulo, processo esse realizado entre maio e junho do ano passado. A participação foi direcionada a todos os educadores da rede, com preenchimento não obrigatório pela internet. Segundo os dois institutos, 96% dos professores se consideram orgulhosos da profissão e mais de 90% sentem-se animados por trabalhar com estudantes e felizes quando se conectam com eles. Os dados mostram também que os educadores querem ajudar os estudantes a lidar com suas emoções e que gostariam de ter apoio para seu desenvolvimento socioemocional, especialmente no autocontrole emocional e na colaboração entre pares.

A educação já tinha desafios muito importantes do ponto de vista da qualidade, antes mesmo do fechamento das escolas por causa da pandemia de Covid-19. A explicação foi dada pelo vice-presidente de Expansão e Relações Institucionais do Instituto Ayrton Senna, Roberto Campos de Lima.

“Com o período de escolas fechadas, obviamente, o impacto ficou maior, e uma das coisas que começaram a aparecer foi o desenvolvimento socioemocional do estudante. Mas, como discutir o desenvolvimento socioemocional do estudante sem discutir o desenvolvimento do próprio professor? Falamos com quase 43 mil professores e tivemos alguns achados megaimportantes. Por exemplo, a ideia que grande maioria sente orgulho da profissão, que é importante, já que o senso comum tem um entendimento distinto desse”, explica Campos de Lima para a Agência Brasil.

Pesquisa com duas novidades

O levantamento apresenta dois fatos inéditos: o primeiro é que pesquisa foi focada para compreender o desenvolvimento dos educadores brasileiros. Além disso, o relatório foi realizado através de um método específico das competências com foco na atuação dos professores. Esta plataforma foi feita pelo Instituto Ayrton Senna.

Ainda de acordo com a pesquisa, mais de 95% classificam as competências apresentadas pelo estudo como “importantes” ou “extremamente importantes” para as práticas do professor e mais de 90% dos participantes disseram fazer o seu melhor para ajudar os estudantes a lidar com emoções, reconhecendo a relevância dessa dimensão no ambiente escolar, conforme previsto na Base Nacional Comum Curricular (BNCC).

Em segundo lugar, quase 50% dos educadores formam uma espécie de rede de apoio entre os pares. Em terceiro lugar, com quase 44%, o gerenciamento de estresse foi apontado pelos profissionais. O vice-presidente da instituição destaca a relevância desse projeto para entender a real situação da educação brasileira.

“O panorama para nós é importante, já que, ao longo desses quase 27 anos, o Instituto Ayrton Senna sempre atuou enxergando o professor como parte fundamental da equação para transformar a educação brasileira. Mas, para isso, é preciso trabalhar entendendo esse sonho e quais são seus desafios”, disse Campos de Lima.

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