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Menor marca-passo do mundo é implantado por médicos brasileiros

Por: Adriano Dias
11/12/2021 – 11h02

O paciente que recebeu tinha arritmia com batimentos elevados.(Foto reprodução Internet)

 

Sabe aquele pequeno aparelho utilizado na monitoração e no controle do ritmo dos batimentos cardíacos nos casos de arritmias? Então, esse produto pode ganhar uma versão um pouco mais reduzida do que a comum. Uma equipe de cardiologistas da Beneficência Portuguesa em São Paulo implantou o menor marca-passo do mundo num paciente. A informação foi divulgada pelo jornal mineiro “O Tempo”. O cardiologista Carlos Eduardo Duarte, médico responsável, fez o procedimento no último dia 20/11 em um homem de 56 anos, morador da cidade paulista de Carapicuíba.

A pessoa que passou pelo procedimento tinha arritmia com batimentos elevados, um risco, já que apenas 25% do coração estavam em caráter funcional. Ele também havia sofrido um infarto e tinha implantados dois stents, pequenas molas que abrem as artérias.

Desta vez, o dispositivo escolhido para ajudar a corrigir essa disfunção do paciente foi o Micra, da Medtronic. Este é considerado o menor marca-passo do mundo. De fato, ao colocar na mão, o dispositivo impressiona pelo tamanho, equivalente ao de uma cápsula de remédio – e pela leveza, já que pesa apenas 2 gramas.

Para se ter uma ideia, um marca-passo “convencional” é um pouco menor que uma caixa de fósforo e tem, em média, de 20 g a 30 g. O custo para implantá-lo é de cerca de R$ 25 mil. No caso do Micra, o valor do procedimento é de aproximadamente R$ 125 mil – o plano de saúde cobriu as despesas do paciente.

A versão mini do marca-passo é destinada a pacientes críticos que, por conta de complicações de saúde (câncer, doenças renais etc.), não poderiam recorrer ao marca-passo convencional.

 

A importância do marca-passo

Além das características já citadas, esse aparelho é capaz de monitorar o ritmo cardíaco e estimular o coração, evitando que os batimentos fiquem abaixo do considerado ideal. O procedimento para implantar o marca-passo é realizado mediante sedação endovenosa. Além do equipamento, são inseridos eletrodos especiais no coração, que chegam até ele através das veias.

O marca-passo monitora o coração de forma contínua. O equipamento possui um gerador que dura, em média, 10 anos, mas isso depende da sua utilização. Os especialistas podem utilizar o marca-passo em duas situações principais: provisória, visando tratar uma alteração causada por motivos específicos, como devido ao uso de medicamentos; e definitiva, quando é preciso controlar problemas a longo prazo, como doenças congênitas ou bloqueios graves.

Segundo os especialistas, o portador de marca-passo pode levar uma vida normal, desde que não ocorram situações limitantes devido à gravidade da doença cardíaca de base. Na maioria dos casos, é possível retornar as atividades diárias habituais após 30 dias do implante. Quem não possui limitações físicas também pode retomar a prática de exercícios, visto que ele não compromete a vida e o lazer do paciente.

No entanto, é recomendado evitar esportes que envolvam contato, como lutas e futebol, assim como atividades que trabalhem de forma repetitiva a musculatura do peitoral e envolvam o levantamento de muito peso.

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