Primeira moto elétrica brasileira é desenvolvida em Minas Gerais
Por: Adriano Dias
08/05/2021 – 14h42
Se você gosta de motovelocidade, vai gostar demais dessa novidade. Um grupo de universitários conseguiu desenvolver a primeira moto elétrica de corrida brasileira. O projeto, originário de Uberlândia, no triângulo mineiro, vai representar o nosso país na próxima edição do MotoStudent – um dos eventos mais importantes do mundo – que acontece na Espanha, no próximo semestre. De acordo com o portal GE, os estudantes devem projetar do zero uma corrida de competição e alto rendimento.
O projeto tem a assinatura da Tadarida MotoRacing UFU, equipe de competição do Laboratório de Mobilidade Automobilística e Urbana, que conta com o apoio da Faculdade de Engenharia Elétrica. Alunos de outros cursos da Universidade Federal de Uberlândia também abraçaram o projeto. Idealizador da moto elétrica de corrida e universitário de engenharia mecânica, Ruy de Sousa Alves explicou a potencialidade do projeto.
“A moto tem um potencial abrangente muito alto, nem todo desbravado por nós. Como alunos de graduação, temos algumas limitações. Mas é uma moto de competição porque a parte estrutural dela foi desenvolvida com alta tecnologia. Grande parte do material veio da China e de outros países também, porque o Brasil não consegue suprir essa necessidade. Então, todo esse contexto com o material de ponta, permite esse alto rendimento da moto”, conta Ruy para o portal GE.
Destino: Espanha
Lembra do MotoStudent que foi citado no início da notícia? Então, o evento que vai acontecer em Aragão, na Espanha, entre os dias 15 e 18 de julho, é o principal objetivo do protótipo. A equipe mineira será a única representante do Brasil na categoria “motos elétricas” no evento, que reúne mais de 80 países.
Todas as equipes participantes vão estar no mesmo nível no setor motor elétrico, pois, de acordo com os alunos, a competição fornece o mesmo motor a todos após a efetivação da inscrição. Além da validação de engenharia, com premiações em vários nichos, no fim, os pilotos das equipes irão à pista em uma competição.
De acordo com o projeto, além do motor elétrico trifásico, com eficiência energética de até 96% e fornecido pela competição, a bateria foi projetada pelos integrantes da equipe e é composta de 432 células de lítio-íon recarregáveis. O chassi foi feito a partir de liga de alumínio 6061 T-6 (alumínio aeronáutico) e liga de aço 1020, que proporciona leveza e resistência necessária e deixa o projeto mais competitivo.
Um pulo em Sampa
Antes de embarcar para a Espanha, os idealizadores trabalham para realizar dois testes em pista com piloto. O primeiro em Uberlândia, em uma pista de arrancada, será no final deste semestre. Depois, um segundo teste está sendo organizado para o autódromo de Interlagos, em São Paulo.
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