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Videogames ajudam no tratamento fisioterapêutico de pacientes do Into

Por: Lohrrany Alvim
27/09/2021 – 12h42

O recurso pode beneficiar pacientes de todas as idades e já foi utilizado inclusive com idosos.(Foto reprodução Internet)

 

Olhando de longe pode parecer apenas diversão, mas não é mais do que isso. Estamos falando do uso de videogames como forma de ajudar no tratamento fisioterapêutico de pacientes do Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia (Into), situado na cidade do Rio de Janeiro. A gameterapia está aliando os jogos à fisioterapia, pensando em uma forma mais humana de recuperação. A iniciativa engloba pacientes que passaram por cirurgias de alta complexidade, principalmente, crianças e adolescentes.

“Essa prática busca otimizar o condicionamento cardiovascular, a coordenação motora, a amplitude de movimento e o equilíbrio”, ressalta Dângelo Alexandre, chefe da área de fisioterapia do Into.

Segundo ele, trata-se de uma terapia complementar, ou seja, não substitui as formas convencionais do tratamento, mas auxilia de maneira lúdica a reabilitação. Desde 2014, a área de fisioterapia do Into já atendeu mais de 7,5 mil pacientes pediátricos, e 30% deles tiveram a gameterapia incluída no processo de recuperação.

“A reabilitação é um processo que pode ser difícil e exaustivo física e mentalmente tanto para os pacientes quanto para os familiares. Por isso, a gameterapia é uma peça fundamental na humanização, promovendo acessibilidade e engajamento no tratamento”, completa Dângelo.

Renovação

Um dos pacientes que recebem o tratamento com os jogos é Samuel, de apenas nove anos. Durante o tratamento, ele equilibra o corpo sobre uma plataforma conectada ao videogame e, ao mesmo tempo em que se diverte com o jogo, avança na recuperação. O menino realiza tratamento no Into há um ano. Ele foi diagnosticado com uma doença que leva à atrofia muscular. Para Cláudio de Melo, pai de Samuel, a combinação de fisioterapia com diversão faz toda a diferença no processo de reabilitação.

“Ele se recupera ao mesmo tempo que brinca, e isso torna as sessões mais leves e o motiva ainda mais a vir”, relata o pai do menino.

Mas engana-se quem pensa que apenas crianças e adolescentes fazem uso desse tratamento. O recurso já foi utilizado inclusive com idosos e pode beneficiar pacientes de todas as idades.

“A gameterapia tem um apelo bem maior entre os jovens por conta da aproximação deles com a tecnologia e, por isso, nós utilizamos bastante na pediatria. Mas ela também pode ser indicada para pacientes mais velhos. Inclusive já tratamos idosos com a gameterapia e eles amaram”, conta o fisioterapeuta Humberto Leal, que acompanha Samuel desde o início do tratamento.

Para ele, o grande diferencial desse tipo de reabilitação é a possibilidade de utilizar um jogo comum, disponível comercialmente, para alcançar os resultados durante a fisioterapia.

Idosos

E por falar dessa faixa etária, estudantes da Universidade Federal Fluminense (UFF) desenvolveram um projeto que ajuda a equipe médica da instituição a identificar doenças mentais em idosos, permitindo que esses pacientes exercitem a mente para prevenir ou lidar com a condição. O projeto envolve sistemas para auxiliar médicos a detectar doenças que, normalmente, ocorrem mais em idosos, como a demência e o Mal de Alzheimer, o chamado comprometimento cognitivo leve. Quer saber mais? Clique aqui e vá direto para a matéria.

Veja também: Projeto comunitário de escola da zona sul do Rio leva afeto aos idosos durante o isolamento

 

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