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Veneno de aranha brasileira vira esperança no combate ao câncer

Por: Álefe Panaro
13/03/2024 – 10h55

A aranha Vitalius wacketi habita o litoral paulista. (Foto Reprodução: Rogério Bertani/Instituto Butantan)

 

Com bons resultados na fase inicial, a pesquisa tem como objetivo prosseguir com os testes em células e cobaias para comprovar segurança e eficácia da substância.

Pesquisa que busca formas alternativas de tratar o câncer estuda veneno produzido por uma aranha brasileira. O estudo conduzido há mais de 20 anos por cientistas do Hospital Israelita Albert Einstein e do Instituto Butantan, em São Paulo, avalia o potencial terapêutico de uma substância obtida a partir da Vitalius wacketi, uma aranha que habita no litoral paulista.

Vale ressaltar que o potencial remédio oncológico não é feito diretamente do veneno. O estudo atua com as moléculas isoladas do material, purificadas e sintetizadas em laboratório, a partir de técnicas desenvolvidas e patenteadas pelos especialistas do Brasil.

Nos estudos em fase inicial, a molécula em teste mostrou-se promissora no tratamento da leucemia, o tipo de tumor que afeta algumas células sanguíneas. Contudo, a pesquisa com a substância ainda está em estágios iniciais. É preciso experimentá-la em mais células e cobaias para observar a segurança e a eficácia para só depois começar os testes clínicos com seres humanos.

Com os bons resultados nos testes, os profissionais dizem que já negociam com empresas farmacêuticas para fazer parcerias e obter os investimentos necessários para seguir com o processo.

A BBC News Brasil informa que os cientistas estão com boas expectativas para as próximas etapas de testes, e sendo bem-sucedidas, o projeto evolui para a chamada fase clínica, e caso os resultados sejam de fato positivos, a droga poderá finalmente ser submetida à aprovação nas agências regulatórias, como a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), para ser usada em hospitais, clínicas e postos de atendimento.

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