Técnica pioneira ajuda na recuperação sensibilidade de pacientes câncer de mama
O alemão Hosrt Ulrich Gubrod doou 100 sessões da técnica pioneira
Horst Ulrich Gutbrod, terapeuta neuromuscular alemão, é conhecido em São Paulo por criar uma técnica pioneira para devolver a sensibilidade aos seios de mulheres que tiveram câncer de mama.
Recentemente, ele fechou uma parceria com a ARD Foundation, fundação que arrecada recursos para pesquisas de novas terapias de combate ao câncer. Horst doou 100 sessões de seu tratamento para a ARD. Foram contempladas as 20 mulheres que entrarem no site da Fundação, comentaram o post sobre a parceria, fixado no topo da página, e seguiram o perfil do terapeuta (@uligutbrod) no Instagram.
“Fico muito feliz com esta parceria com a ARD Foundation. Primeiro por estarmos baseado nos mesmos valores; segundo, por termos a intenção de melhorar a vida de outras pessoas que sofrem de câncer. E o mais importante, sempre com empatia, ética e determinação. Junto com a ARD podemos alcançar mais pessoas, seja no Brasil ou nos Estados Unidos”, conta Horst Ulrich Gutbrod, que possui formação em massagem e terapia neuromuscular em instituições da Alemanha, Suíça, Rússia e Estados Unidos.
A criação da técnica
Ele começou o trabalho de recuperar a sensibilidade da mama das mulheres há dois anos, quando uma paciente chegou ao seu consultório para um tratamento e se queixou desse problema. Foi a partir daí que o terapeuta criou e aprimorou uma técnica que utiliza dois pinos pequenos, em forma de canetas, com pontas de ouro, para reativar a função dos receptores de tato, de calor e sensibilidade.
Em sua clínica, no bairro de Vila Nova Conceição, em São Paulo, ele atende, mensalmente, cerca de dez pacientes com esse tipo de problema. Horst Ulrich Gutbrod recomenda, no mínimo, seis sessões para devolver a sensibilidade das mamas, mas o tratamento pode exigir até dez. Entretanto, ele garante que alguma sensibilidade já é percebida no primeiro atendimento.
“Pelo que sei, não existe nenhum tratamento até hoje para recuperar a sensibilidade quando a pessoa teve câncer de mama”, explica o terapeuta.
Com o objetivo de fazer com que a mulher recupere novamente a sensibilidade dessa área e não mais veja a mama como algo mutilado, ele também trata as cicatrizes das cirurgias, reconectando às células como nervos, vasos sanguíneos, fibras musculares e melhorando seu aspecto geral.
O câncer de mama só fica atrás do câncer de pele não melanoma entre os tipos que mais atingem as mulheres – 58 mil mulheres por ano apenas no Brasil, segundo estimativas do Instituto Nacional do Câncer (INCA). Quase sempre as pacientes são submetidas à mastectomia, retirada de toda a mama, causando traumas, perda do senso de feminilidade e, principalmente, sensibilidade das mamas.
Redação por Lohrrany Alvim
11/03/2019 – 13h23
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