Sustentabilidade: Nova York transforma maior lixão em parque
Por: Adriano Dias
12/09/2020 – 12h35
O mundo sustentável recebeu uma excelente notícia neste mês de setembro. A partir do ano que vem o Freshkills, considerado o maior lixão do mundo até o ano de 2001, vai se transformar em um extenso parque verde. A expectativa dos idealizadores do projeto é entregar a primeira parte na próxima primavera.
Até o início do Século XXI, o espaço atingiu o patamar de 150 milhões de toneladas de lixo. Com a transformação, o Freshkills será um parque estadual de 9 km². Para se ter uma ideia, é como se o Central Park, em Nova York, fosse triplicado.
Como foi processo de transformação?
Antes do fechamento pelo governo americano, em 2001, o aterro Fresh Kills tinha a capacidade de aterrorizar a Balsa de Staten Islanders por conta do mau cheiro e a visão de montanhas de detritos do tamanho de um prédio de 20 andares. Após o fechamento, os funcionários do departamento de saneamento deram o primeiro passo para controlar a poluição.
Através do Departamento de Planejamento Urbano, foi realizado um concurso internacional de design e o projeto escolhido foi da empresa Operações de Campo. Com a escolha, caminhões com terra rica em ferro foram levados de Nova Jersey para cobrir lonas de plástico que “tapavam” os montes de lixo. Já os tubos de extração de metano canalizaram os vapores dos detritos subterrâneos para que as casas de Staten Island pudessem usar nos fogões.
A reversão seguiu a construção de calhas de concreto para a canalização da água da chuva para longe das colinas de lixo, além da restauração do parque com o campo de beisebol, quadras de handebol e playgrounds. O aterro ainda recebeu algumas cabras para ajudar na restauração ecológica. Espécies nativas de grama brotaram no local. As trilhas pelos bosques viraram habitat de pássaros do Atlântico e os montes verdes agora são separados por riachos e cursos de água natural.
Iniciativa no Brasil
No ano passado, o ministro brasileiro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, lançou o programa nacional “Lixão Zero”, com o objetivo de incentivar os municípios a substituir os lixões por soluções mais sustentáveis de destinação de resíduos sólidos, como aterros sanitários. Foi assinado um acordo de cooperação técnico entre o ministério e a Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (Abrelpe) para a elaboração do Plano Nacional de Resíduos Sólidos (Planares).
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