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Rádio Rio de Janeiro 50 anos: tecnologia a serviço da fraternidade

Por: Lohrrany Alvim e Adriano Dias
28/08/2021 – 11h55

Desde os primeiros anos de vida, a emissora trabalha para acompanhar todas as evoluções tecnológicas. (Foto: Marcílio Estevão Latini – Diretor de Radiodifusão)

 

De 1971 para cá, o mundo presenciou diversas mudanças no âmbito tecnológico. Aparelhos gigantescos à época, como o rádio e a televisão, foram diminuindo cada vez mais até a chegada do século XXI. O que não diminuiu foi a vontade de fazer a Rádio Rio de Janeiro acompanhar todas essas mudanças. Seja na sede da emissora, na Ilha do Governador, ou no Parque de Transmissão da Rádio, em Magé, na Baixada Fluminense, diversas mãos trabalham diariamente para levar até você a programação da Rádio Rio de Janeiro com som de qualidade.

Uma das pessoas que acompanharam essa transformação digital foi Thiago Dias. Atuando na Rádio Rio de Janeiro desde o início de 2008, o técnico de suporte de rede detalha as mudanças tecnológicas que ele pôde presenciar.

“Quando eu cheguei, a Rádio sequer tinha computadores nos estúdios. A gente trabalhava com Mini Disc (MD). Eu passei por todo o processo de informatização e participei ativamente na montagem dos computadores, na instalação da rede e pude acompanhar tudo isso de perto”, conta Thiago.

Redes Sociais

O técnico de suporte de rede lembra bem como tudo começou. Desde a informatização dos estúdios até o início das transmissões de vídeo via streaming (em 2009), ele esteve presente.

(Foto: Thiago Dias – Técnico de Suporte de Rede)

 

“Nós demos vários passos importantes quando a gente informatizou o estúdio. Lá atrás também iniciamos a transmissão da imagem dos nossos estúdios. Naquela época, não se falava muito em streaming como se fala hoje… De lá pra cá, vieram algumas mudanças. O Facebook se tornou bem popular aqui no Brasil, assim como o YouTube. Hoje estamos na era das lives. A gente está caminhando cada vez mais nesse sentido”, conclui o técnico de suporte de rede.

Jéssica Nogueira, coordenadora de produção digital, que está desde 2016 na Rádio Rio de Janeiro também atuou na modernização e consolidação da emissora nas redes sociais:

(Foto: Jéssica Nogueira – Coordenadora de Produção Digital)

 

“Na época, o Facebook e o Youtube não eram trabalhados com tanta frequência. Também colocamos a Rádio no Twitter e no Instagram. Começamos com as lives nesse mesmo momento. Uma das maiores mudanças foi em relação ao material, recursos para uma transmissão de qualidade chegar à casa das pessoas da melhor forma possível”.

Na visão de Jéssica Nogueira, o público ouvinte se renova e as redes sociais na internet dão oportunidade para a Rádio Rio de Janeiro seguir sua missão de levar fé e fraternidade adiante. As redes sociais da Rádio também servem de termômetro pois esse recebe diretamente um feedback do público.

“A gente vê o trabalho da emissora afetando a vida das pessoas de uma forma muito positiva. É a certeza de que o trabalho de cada um de nós está fazendo diferença na vida de quem está precisando”.

Evolução também na Transmissão 

O Parque de transmissão da Rádio Rio de Janeiro, em Magé, também se modernizou e evoluiu ao longo dos anos. Quem conhece bem esse espaço é Marcílio Latini. Desde 2012 na Rádio Rio de Janeiro, o diretor de Radiodifusão atuou profundamente na transformação das instalações, tanto da sede da Rádio quanto no Parque de Transmissão. Desde a mudança no visual dos estúdios da emissora até a atualização dos equipamentos, ele acredita no fortalecimento do alcance das palavras de consolo transmitidas pela programação da Rádio. Segundo Marcílio, os dois transmissores estão funcionando há décadas, sem apresentar nenhum problema técnico.

Para garantir a segurança da programação, o local também conta com conteúdo de stand by de dois dias para que eventuais transtornos possam ocorrer sem que a Rádio Rio de Janeiro fique fora do ar. Marcílio ressalta que, dessa forma, as pessoas hospitalizadas, por exemplo, que precisam ouvir uma palavra de consolo, não serão prejudicadas.

 Espaço Geraldo de Aquino

Apresentado na última edição do “A Música Espírita Está no Ar”, ocorrida no mês de julho de 2021,  o renovado espaço vai ser utilizado para inúmeras atividades. Desde a interação do público com os programas ao vivo até a gravação de podcasts, o local tem tudo para ser o marco do avanço da nova fase da Rádio Rio de Janeiro, onde o digital vai ter cada vez mais espaço, sem perder a essência fraterna que acompanha a emissora desde os primeiros dias de vida. Ainda faltam alguns ajustes finais, mas a previsão de conclusão do Espaço Geraldo de Aquino é final de setembro.

Confira a entrevista completa com Marcílio Latini:

 

Rádio Rio de Janeiro – Como foi a sua participação na evolução tecnológica da Rádio?

Marcílio Latini: “A gente tinha um ambiente muito parecido com uma rádio de fundo de quintal, expressão que a gente usa quando é uma coisa muito simples. Atuei bastante na aparência dos estúdios, principalmente no A. Comecei fazendo um banner grande, revestindo ele com tecido em seguida. Melhoramos a iluminação, instalamos três câmeras para ter acesso contínuo aos programas em relação às redes sociais, incluindo Facebook, Youtube e Instagram”.

 

RRJ:  O que esperar do Espaço Geraldo de Aquino?

ML: “O espaço Geraldo de Aquino já existia, foi desconstruído e agora estamos na fase final da reconstrução. Será um estúdio de programas ao vivo e de conteúdos para as redes sociais. É um espaço multifuncional, podendo ser utilizado para reunião ou como auditório, para programas ao vivo com plateia (…) Não existe motivo para não termos nossos podcasts. No Espaço Geraldo de Aquino, os programas não serão feitos com as pessoas de frente para a câmera. Lá terá uma mesa grande, com as pessoas sentadas de frente para a outra, como se fosse um bate papo. Elas serão filmadas de perfil. O que isso levará para quem vê a imagem? Um ambiente mais amigo, de bate papo, que será mais agradável de se assistir”.

 

RRJ: Quando o Espaço Geraldo de Aquino estará finalizado?

ML: “O Espaço está na reta final. Nós sempre dependemos de recursos tecnológicos que custam em dólar. São valores relativamente altos. A previsão é final de setembro. O Espaço Geraldo de Aquino já está pronto, mas falta comprar os equipamentos. Para a gente, é sempre uma tarefa complicada porque precisamos dividir as prioridades da Rádio”.

 

RRJ:  Em relação ao Parque de Transmissão em Magé, quais foram as evoluções tecnológicas observadas?

ML: “Importante informar para aqueles que não conhecem a estrutura que lá ficam situados nossos transmissores. Por lá, temos uma antena de AM e dois transmissores. Felizmente, temos que agradecer a Deus por isso, porque esses transmissores nunca deram defeito. Eles estão funcionando há décadas. São modernos, têm tela de touch screen e funcionam bem. Em termos de modernidade, temos acesso à internet por fibra óptica. Caso o nosso link transmissor dê defeito, tendo sinal via internet por lá, ele coloca a nossa programação no ar. Temos, também em Magé, um conteúdo de dois dias para, caso tenha algum problema da geração dos programas, a gente não ficar sem nada no ar. As pessoas hospitalizadas, que querem ouvir uma palavra de consolo, terão isso”.

 

RRJ: – Quais são os próximos passos da Rádio Rio de Janeiro?

ML: “A área tecnológica tem contínuas mudanças de melhorias. Alguns computadores ficam velhos e acabam dando defeito e nós acabamos substituindo por novos computadores mais modernos em termos de tecnologia. É algo natural. Mas a minha preocupação é o nosso futuro em relação às redes sociais. Estamos um pouquinho atrasados. A ideia é gerar conteúdos de rede social que atendam principalmente aos jovens. Produzir o que eles gostariam de ouvir: ajudar na decisão do namoro, das tatuagens, em relação às bebidas alcoólicas, baladas. Programas que ajudem de forma que eles mantenham suas atividades de jovens, mas com orientação correta da doutrina”.

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