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Projeto que busca pagar boletos de trabalhadoras informais é criado

Iniciativa nasceu através de um grupo de mulheres no Rio Grande do Sul e em São Paulo.

Projeto ajuda apenas mulheres.
Projeto ajuda apenas mulheres. | Foto: Reprodução Internet

 

Até o ano de 2017, o Brasil registrava o impressionante número de 34,3 milhões de pessoas trabalhando informalmente. Por conta das inúmeras crises econômicas e a substituição do trabalho humano por máquinas, o aumento do desemprego fez com que mais pessoas trabalhassem por conta própria. Este vínculo faz com que essas pessoas não estejam aptas para participar de nenhum sistema de previdência social público ou privado, se encontrando em uma situação de vulnerabilidade social.

Os camelôs são exemplos claros de trabalhadores autônomos, já que eles dependem exclusivamente do movimento das ruas e um dos efeitos do isolamento social que a pandemia do novo coronavírus tem gerado é o impacto econômico, em especial para trabalhadores informais ou autônomos. Aliás, as trabalhadoras autônomas sofrem dobrado pela ausência daqueles que garantem o seu ganha-pão.

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De Mulheres para Mulheres

Com a intenção de auxiliar as autônomas que se encontram em dificuldades por conta do isolamento, foi lançado nas redes sociais o projeto Boleto+1, cuja intenção é reunir pessoas que estão precisando de ajuda, em especial financeira, com pessoas que tenham condições de ajudar. Segundo a professora de teatro e atriz Janaína Kremer, “a ideia inicial era chamar as redes de amigos para que, entre eles, pudéssemos conversar e ajudar a pagar contas”.

O projeto nasceu após uma publicação de Janaina no dia 16. Após isso, a ideia para criar o grupo surgiu.

“Eu fiquei aflita ao ver o problema dessas pessoas, que precisaram parar de trabalhar. Questionei o que poderia ser feito”, explica ela para o jornal O Tempo.

A sugestão veio de uma amiga, Livia Pasqual, que sugeriu organizar um grupo.  Além de Janaina e Livia, Priscila Guerra e Tatiana Masaad Nequete ficaram com a responsabilidade de criar o grupo. Além disso, elas contam com a ajuda de Caroline Falero. Janaina vive no interior do Rio Grande do Sul, enquanto Priscila, Tatiana e Livia vivem na capital do Estado e Caroline vive em São Paulo.

Janaína relata também que, apesar do objetivo ser ajudar mulheres, que geralmente precisam sustentar e cuidar da casa, dos filhos e dos pais – além de trabalhar -, homens também podem entrar no grupo, mas apenas para ajudar.

 

Projeto do Governo Federal para os autônomos

O projeto “Boleto +1” surgiu no momento em que a classe autônoma aguarda a possibilidade de poder utilizar a Renda Básica aprovada pelo Congresso Nacional no final do mês passado. Além dos autônomos, o projeto abraça os trabalhadores informais, desempregados e MEIs (microempreendedores individuais). Vão ter direito de receber o auxílio àqueles que tiverem renda mensal per capita de até meio salário mínimo ou renda mensal familiar de até três salários mínimos.

Além disso, os valores serão destinados durante pelo menos três meses e poderão ser prorrogados enquanto durar a calamidade pública, decretada por causa da pandemia de coronavírus. Especialistas afirmam que o auxílio emergencial pode chegar aos 100 milhões de brasileiros e brasileiras mais vulneráveis economicamente.

 

Redação por: Adriano Dias

05/04/2020 – 08:12

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