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Professor cria robô que promete ajudar no combate a tragédias climáticas

Por: Adriano Dias
27/05/2022 – 10h05

Com o nome 14 Bis, o projeto foi desenvolvido em uma escola técnica de Petrópolis (RJ)(Foto reprodução Internet)

 

Nos últimos tempos, o mundo vem acompanhando com certa constância, os impactos das mudanças climáticas. Só no início deste ano, Rio de Janeiro, Minas Gerais, São Paulo e Bahia tiveram cidades atingidas, por exemplo, por chuvas intensas que causaram perdas humanas e materiais. Mesmo com algumas cidades tendo à disposição sirenes para realizar esse tipo de alerta, a força da natureza consegue ser capaz de causar estragos, tanto nas grandes metrópoles, como também nas cidades do interior.

Para tentar auxiliar às autoridades a se prevenirem e buscarem conter os estragos causados, um professor da Escola Técnica para Faculdades de Educação Tecnológica do Estado do Rio de Janeiro trabalhou na criação de uma inteligência artificial (IA) que está sendo preparada para prever este tipo de desastre.

Homenagem a Santos Dumont

De acordo com informações divulgadas pelo jornal O Globo, o robô foi montado no campus da instituição em Petrópolis, na Região Serrana do Rio, com peças recicláveis e motores comprados pela internet. O projeto ganhou o nome de “14 Bis”, em homenagem ao avião pioneiro construído por Santos Dumont (1873 – 1932). Além disso, o “14 Bis” tem a capacidade de ouvir e responder perguntas e de se movimentar por comando de voz.

Agora, o professor Joel Ramos está dando um importante passo para a consolidação do projeto. Segundo a publicação, ele se reúne com a unidade do Corpo de Bombeiros de Petrópolis para compreender quais são as necessidades em casos de emergência. A sua expectativa é que o robô ganhe a capacidade de fazer previsões climáticas e, a partir de análises de superfícies, consiga identificar as regiões de maiores riscos. O “14 Bis” também poderá ser utilizado no replantio de áreas desmatadas.

“Este autômato, ainda em fase de testes, tem condições de evoluir para uma unidade capaz de servir como base meteorológica, acompanhar as condições do clima, do solo e, com as devidas adaptações físicas, ser utilizado para analisar até mesmo o calor embaixo da terra e, consequentemente, para o salvamento de pessoas soterradas, por exemplo”, explicou o professor, que possui mestrado em Engenharia Eletrônica na área de IA e consciência de máquina.

Recentemente, a FAETERJ de Petrópolis inaugurou alguns laboratórios e eles foram abertos à população do município. O intuito dos idealizadores é tornar a Região Serrana uma referência em iniciativas tecnológicas, com o desenvolvimento de softwares, hardwares, robôs autônomos e até simulação da computação quântica.

Um alento em meio a alerta

O desenvolvimento do robô 14 Bis pode auxiliar em uma batalha que está ainda bem longe de terminar. No ano passado, segundo um relatório da Organização Meteorológica Mundial, há 50% de chance do mundo ultrapassar o emblemático limite de 1,5ºC,  idealizado no Acordo de Paris, até 2026. Ainda segundo o mesmo estudo, essa transposição de limite pode ser apenas temporária, já que as temperaturas podem voltar a cair novamente, mas a Ciência vem mostrando que mesmo um cenário como este pode trazer mudanças irreversíveis para o planeta.

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