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Primeiro teste de diagnóstico de varíola dos macacos é aprovado pela ANVISA

Kit de diagnóstico molecular foi produzido pelo Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos (Foto Reprodução: Internet)

Por: Adriano Dias

22/09 – 09:00

A batalha para conter a proliferação da varíola dos macacos ganhou mais um aliado no Brasil. No último dia 20, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANIVSA) deu aval para a utilização do primeiro produto para auxiliar no diagnóstico do monkeypox. Este kit de diagnóstico molecular, da Fundação Oswaldo Cruz, foi produzido pelo Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos.
O mais recente produto permite a detecção dos vírus orthopox, monkeypox e varicella zoster. Segundo os idealizadores, o diagnóstico é realizado a partir de uma tecnologia chamada PCR em tempo real, indicada para o processamento de amostras clínicas.

De acordo com a Agência, foram analisados requisitos técnicos como o desempenho clínico e o gerenciamento de risco, que servem para garantir a adequabilidade do produto ao uso proposto. Ainda de acordo com a avaliação, o produto segue os critérios técnicos determinados pela agência. A ANVISA ressalta que esta disponibilidade depende da própria Fiocruz. A agência detalhou que a avaliação do pedido levou 39 dias. Destes, 17 foram utilizados pela solicitante para atender as exigências técnicas feitas pela agência.

 

Primeiro tratamento
O kit para o diagnóstico da varíola dos macacos já está disponível, mas é não o único produto que temos por aqui. Recentemente, o Ministério da Saúde recebeu o antiviral Tecovirimat, que indicado para pacientes com risco de desenvolvimento de formas graves da doença.

O recebimento dos tratamentos foi possível após uma resolução da Agência Nacional de Vigilância Sanitária, que autorizou em caráter excepcional e temporário, a dispensa do registro do medicamento importado pela pasta, em virtude da emergência de saúde pública de importância internacional, já que o Tecovirimat não possui registro no Brasil. A autorização é para uso compassivo em casos graves da doença. O uso compassivo é concedido a medicamento promissor que ainda não foi registado na Anvisa, e, entre outros critérios, quando não existem alternativas terapêuticas disponíveis no país.

Este mesmo produto foi aprovado pela Agência Europeia de Medicamentos para tratamento de monkeypox, e, no início do mês, a Agência Americana de Alimentos e Medicamentos autorizou o seu uso compassivo para casos específicos.

Vacinas contra a Monkeypox
Além destes dois produtos, o chefe da pasta, Marcelo Queiroga, declarou recentemente que 50 mil unidades da vacina contra a varíola dos macacos devem chegar ao território brasileiro no final de setembro. Durante uma entrevista à TV Brasil, o ministro detalhou que o imunizante vai ser aplicado inicialmente em profissionais de saúde que lidam diretamente com amostras de infectados e em pessoas que tiveram contato com portadores do vírus.

Paralelo a chegada destes imunizantes, o Ministério da Saúde atua para desenvolver um imunizante nacional para enfrentar a doença. A expectativa é de que a vacina esteja operacional no segundo semestre de 2023. Mas, para isso, Marcelo Queiroga afirmou que o cenário epidemiológico tem de indicar a necessidade de ampliação do público-alvo da vacinação. O mais recente balanço apresentado pela pasta destaca que o país ultrapassou a marca de 6.000 casos da doença no país. Maior estado da nossa federação, São Paulo segue liderando o ranking de casos da varíola dos macacos. Até aqui, duas pessoas já morreram no país após serem infectadas pelo vírus.

 
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