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Pessoas com autismo produzem chinelos para moradores de rua em Campinas

Mais de 100 pares de chinelo são produzidos e entregues pelos pacientes da instituição

Um projeto que une pessoas com autismo leva solidariedade e um pouco mais de conforto a moradores de rua de Campinas, interior de São Paulo. Idealizado pela Adacamp, entidade que há 30 anos atende autistas na cidade, o projeto foi batizado de Corrente do Bem e entrega 100 pares de chinelos fabricados por um grupo de autistas atendido pela instituição.

Karina Martins, de 25 anos, é atendida pela instituição e conta que aprende e se diverte com o processo de produção dos chinelos.

“Foi uma diversão, coloquei as tiras quando estava fazendo os chinelos e foi tudo muito legal. Quero aprender a cada dia mais”, comenta ela.

Segundo Elaine Bernado, terapeuta ocupacional da entidade e uma das responsáveis por cuidar do projeto, a ideia surgiu após a associação receber doações de borracha.

“Recebemos essa doação de borracha, cortamos elas em tiras em um equipamento que temos aqui e surgiu a ideia de produzir os chinelos nessa corrente junto com adolescentes e adultos com autismo que são atendidos aqui.”

Elaine conta que a intenção do projeto é promover a autossustentabilidade e contribuir com os jovens, dando oportunidades, ajudando ao máximo no desenvolvimento de cada um e na inserção no mercado de trabalho.

“A nossa ideia aqui na Adacamp é sempre poder ajudar ao máximo todas as crianças, adolescentes e adultos com autismo que precisam. Nesse projeto, deu para ver no rosto de cada um a satisfação de estar produzindo os chinelos. Não obrigamos eles a nada, foi por iniciativa de cada um e o resultado foi muito gratificante”, declara a terapeuta.

Apesar da produção de 100 pares, Elaine ressalta que sempre resta um pouco de borracha recebida nas doações e a ideia encontrada para não desperdiçar o material foi também produzir chaveiros.

“Como sobra um pouco de borracha, não poderíamos desperdiçar. A partir disso também surgiu a ideia de fazer os chaveiros e realizamos isso também em conjunto com o pessoal.”, conta a responsável.

Início do projeto

Com 30 anos de existência completados no último dia 25 de maio, a Adacamp foi fundada por um grupo de pais que não encontravam atendimento especializado para seus filhos. Atualmente, 214 pessoas com TEA (Transtorno do Espectro Autista) são atendidas pela entidade.

A instituição é filantrópica e dispõe aos seus atendidos de diversas faixas etárias tratamentos terapêuticos baseados em conhecimentos científicos atualizados, além de apoio psicológico para familiares. A entidade apresenta a realização de um trabalho que busca atribuir destaque à inclusão social e quebra de preconceito.

 

Redação Fernando Ferreira
21/06/2019 – 11h21

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