Blog

Pesquisadores criam máscara que brilha em contato com coronavírus

Por: Lohrrany Alvim
18/12/2021 – 09h45

O produto ainda está em fase de testes e deve começar a ser vendido em 2022.(Foto reprodução Internet)

 

Com o passar do tempo, apesar da sensibilidade que o tema ainda causa, diversas tecnologias surgem para nos ajudar a lidar melhor com a Covid-19. Recentemente, pesquisadores japoneses desenvolveram uma técnica inovadora e inusitada de detectar a doença. Trata-se de uma máscara que, usando anticorpos extraídos de ovos de avestruz, brilha quando exposta à luz ultravioleta caso haja vestígios do coronavírus.

O produto ainda está em fase de testes, mas a equipe responsável pelo protótipo pretende obter a aprovação do governo para vendê-lo já em 2022.

O projeto

A descoberta foi feita por Yasuhiro Tsukamoto e sua equipe na Universidade da Província de Kyoto, no oeste do Japão. O grupo estuda há anos os avestruzes, procurando maneiras de adaptar seu poder de imunidade para combater a gripe aviária, alergias e outras doenças. Em nota, a equipe ressalta que a máscara tem como objetivo oferecer aos usuários uma maneira fácil de testar se contraíram a Covid-19.

As análises começaram em fevereiro do ano passado, quando o grupo injetou uma forma inativa e não ameaçadora do novo coronavírus em avestruzes fêmeas, extraindo com sucesso uma grande quantidade de anticorpos dos ovos que colocaram. Estudos anteriores mostraram que as aves têm forte resistência a doenças, pois são capazes de produzir vários tipos diferentes de anticorpos ou proteínas que neutralizam entidades estranhas no corpo.

Sabendo disso, os pesquisadores então criaram uma máscara revestida de anticorpos produzidos por essas avestruzes fêmeas, que foram usadas em um pequeno estudo feito com 32 pessoas. Durante 10 dias, elas usaram por oito horas essas máscaras, que, após serem removidas, eram borrifadas com um produto químico que brilha sob a luz ultravioleta se o vírus estiver presente. Os resultados foram promissores: as máscaras usadas por pessoas infectadas com Covid-19 brilhavam ao redor do nariz e da boca. O próprio Tsukamoto descobriu que estava com a doença após utilizar o produto. O diagnóstico foi confirmado após um teste padrão.

“Podemos produzir anticorpos em massa de avestruzes a um custo baixo. No futuro, quero fazer disso um kit de teste fácil que qualquer pessoa possa usar”, afirma o professor de veterinária e reitor da universidade.

Outra descoberta da equipe foi que o brilho da máscara reduzia com o passar do tempo, devido à diminuição da carga viral. Os cientistas pretendem continuar com os testes e realizar um estudo com uma quantidade maior de pessoas, cerca de 150. Outro objetivo é desenvolver máscaras que brilhem automaticamente, sem iluminação especial, se o vírus for detectado.

Vacina indolor

Além da testagem, uma nova tecnologia está ajudando a tornar indolor a aplicação do imunizante contra a Covid-19. O Reino Unido começou um ensaio clínico de uma vacina (DIOS-CoVax) sem agulhas e que poderá proteger contra novas variantes da doença. A vacina será dada através de um jato de ar que injeta o imunizante na pele.

Os testes ainda estão na fase 1 e voluntários saudáveis com idades entre 18 e 50 anos participarão do estudo. Eles devem ter recebido as duas doses da vacina contra Covid-19, mas não a dose de reforço. Os pesquisadores acompanharão os voluntários por 12 meses para garantir a segurança. Segundo os desenvolvedores, se os resultados foram promissores, o ensaio será ampliado para impulsionar os esforços globais de vacinação, especialmente em países de baixa e média renda.

Veja também: Menor marca-passo do mundo é implantado por médicos brasileiros

> Voltar

© Copyright 2018 - Fundação Cristã Espírita Cultural Paulo de Tarso / Rádio Rio de Janeiro

Tsuru Agência Digital
Desenvolvido pela