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Molécula que pode curar asma é descoberta por cientistas

Por: Tainara Ricardo
19/03/2022 – 09h35

Com base em pesquisas, cientistas apontam que molécula que pode curar asma está no próprio corpo.(Foto reprodução Internet)

 

Uma pesquisa irlandesa aponta que o problema de mais de 235 milhões de pessoas pode ser resolvido. Segundo dados da OMS (Organização Mundial de Saúde), esse é o número de pessoas que têm asma, uma das doenças crônicas mais comuns que afeta tanto crianças quanto adultos.  A doença, também conhecida como “bronquite asmática” ou como “bronquite alérgica”, está presente em todos os países do mundo, independentemente do nível de desenvolvimento. Para a OMS, a asma é uma questão de saúde pública e deve receber uma atenção maior entre as populações pobres e desfavorecidas. A taxa de mortalidade da asma é relativamente baixa, se comparada a outras doenças crônicas, mas, apenas no ano de 2015, mais de 383 mil pessoas morreram da doença, a maioria com idade avançada.

É considerado um paciente de asma grave aquele que necessita de altas doses de medicação de controle da asma, que utiliza o remédio de forma correta e, mesmo assim, não consegue atingir controle adequado da doença. Dessa forma, se mesmo com todo o tratamento medicamentoso e as recomendações médicas sendo seguidas a risca, o paciente ainda apresentar sintomas da doença e tiver sua qualidade de vida prejudicada, é possível que seja um caso de asma grave. É importante ressaltar que há, ainda, fatores que levam ao desencadeamento de crises de asma ou ao não controle da asma, como exposição alérgica, refluxo e tabagismo.

Com base nesses dados, cientistas da Escola de Bioquímica e Imunologia do Trinity Biomedical Sciences Institute (TBSI) descobriram uma molécula anti-inflamatória que pode tratar a asma, até mesmo daquelas pessoas com sintomas mais graves. O autor da pesquisa é o professor Luke O’Neill.

CARACTERÍSTICAS DA DOENÇA

A doença respiratória é caracterizada por respiração rápida e curta, e chiados, que variam em gravidade e frequência de uma pessoa a outra. Os sintomas podem aparecer várias vezes por dia ou por semana e, em algumas pessoas, se agravam durante atividade física ou de noite. Alergias a poeira, ácaro, mofo e pelos de animais podem desencadear a doença. Outros fatores que podem contribuir são as infecções, como gripes, resfriados, sinusites e viroses. Além disso, mudanças no clima, fumaça, poluição, frio, medicamentos e aspectos emocionais também podem engatilhar uma crise.

Depois de longos estudos, foi constatado que a proteína JAK1 é importante na condução da resposta imune do corpo. Só que em alguns casos, essa proteína causa uma reação exagerada, que leva à estimulação excessiva de macrófagos, que são células de defesa que percorrem o corpo à procura de intrusos. Sendo assim, essa estimulação excessiva causa inflamação e é problemática em um conjunto de condições, como a asma. A chance é grande que o instituto desenvolva terapias a partir da Itaconete, com a função de bloquear a JAK1.  É possível que novos medicamentos possam ter potencial com uma abordagem terapêutica totalmente nova para o tratamento de asma grave.

No Brasil, existem aproximadamente 20 milhões de pessoas asmáticas. A asma é uma das causas importantes de faltas no ambiente escolar e no trabalho.

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