Alunas criam “micro-ondas ao contrário” capaz de gelar bebidas em até um minuto
Três adolescentes do Distrito Federal, estudantes de uma escola pública da região do Gama, começaram a desenvolver um produto capaz de refrigerar uma lata de bebida em até 1 minuto. A invenção foi chamada de “micro-ondas ao contrário”, ou ColdStorm.
Adrielle Dantas, Gabrielly Vilaça e Raffaella Gomes estudam no Centro de Ensino Médio Integrado à Educação Profissional (CEMI) e iniciaram o projeto em 2017. Para fazer o protótipo, elas usaram lixo eletrônico.
Foram utilizados como base da invenção coolers de computadores (que servem para evitar que os processadores superaqueçam) e pastilhas Peltier (que são coolers termoelétricos para aquecer e esfriar objetos).
No ano passado, as meninas participaram do Circuito de Ciências das Escolas Públicas do Distrito Federal e da exposição de ciências da escola e foram classificadas para levar o “micro-ondas ao contrário” para a Exposição de Ciências, Engenharia, Tecnologia e Educação (EXPOCETI), em Pernambuco.
Durante a EXPOCETI, em junho deste ano, o projeto desenvolvido por elas recebeu várias premiações. As estudantes ganharam o primeiro lugar na área de engenharia e receberam certificado de destaque da Faculdade Imaculada Conceição de Recife e da World International Fairs Association (WIFA).
Além disso, Adrielle, Gabrielly e Raffaella voltaram para casa com uma carta de credenciamento para a Muestra Cientifica Latino-americana (MCL), em Trujillo, no Peru. O encontro vai ocorrer entre os dias 9 e 15 de setembro.
Para participar da mostra no Peru, o trio precisa finalizar o ColdStorm. No entanto, uma das desenvolvedoras do projeto, Gabrielly Vilaça, disse que o grupo ainda não tem dinheiro para o protótipo e para arcar com os custos da viagem. Para pôr em prática as recomendações, elas criaram uma vaquinha online. [link: https://www.vakinha.com.br/vaquinha/coldstorm-em-peru?utm_campaign=whatsapp&utm_content=641419&utm_medium=website&utm_source=social-shares] O objetivo é arrecadar R$ 22 mil.
“Estamos focadas em duas coisas: reconstrução e melhoria do protótipo e arrecadação de fundos para pagar a viagem ao Peru”, explica a estudante.
Para a professora do CEMI, Maria Zilma Conceição de Araújo, que acompanha a criação do “micro-ondas ao contrário”, a invenção das estudantes tem futuro.
“Comercialmente falando, acredito que o ColdStorm tem potencial de mercado. Principalmente por conta da economia energética que é a proposta final do projeto.”
De acordo com Maria Zilma, as estudantes têm combinação perfeita de perfis: são curiosas, estudiosas e estão cientes dos desafios que tem que enfrentar.
Redação por Lohrrany Alvim
07/08/2019 – 17h33
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