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Marinha do Brasil se junta à Universidade de São Paulo para produção de ventiladores de baixo custo

Projeto que pode ajudar no combate ao coronavírus demora duas horas para ficar pronto.

Por: Adriano Dias
26/05/2020 – 16h44
Aparelho custa 15 vezes menos que os demais vendidos no mercado.
Aparelho custa 15 vezes menos que os demais vendidos no mercado.

 

A União faz a força. Este clichê foi bem absorvido pela Marinha e pela Universidade de São Paulo, que se juntaram para iniciar a produção de ventiladores pulmonares para ajudar pacientes que lutam contra a Covid-19. Chamado de “Inspire”, o ventilador emergencial de baixo custo pode ser feito em até duas horas. Segundo a USP, o custo estimado será de R$1 mil por ventilador, 15 vezes menos que o mais em conta vendido no mercado.

O aparelho já foi testado em quatro pacientes no Instituto do Coração, do Hospital das Clínicas. Toda operação seguiu as orientações da Comissão Nacional de Ética em Pesquisa. A coordenação do projeto é feita pelo professor da Faculdade de Medicina, José Otávio Auler Junior.

A próxima etapa é o inicio da produção por parte da Marinha e da USP. As duas instituições trabalham com a expectativa de que 25 a 50 respiradores sejam produzidos por dia – número que pode aumentar dependendo da demanda. Para o site SóNotíciaBoa, a Universidade informou que os testes de produção para o primeiro lote serão iniciados “nos próximos dias”.

Os aparelhos devem ser distribuídos em até duas semanas. Os locais que vão servir de abrigo para a produção destes aparelhos receberam a visita do reitor Vahan Agopyan, da diretora da Escola Politécnica, Liedi Legi Bariani Bernucci, e dos professores Raul Gonzalez Lima, Marcelo Knörich Zuffo e Dario Gramorelli.

 

Universitários fazendo a diferença aqui no Rio

Outro trabalho acadêmico que pode auxiliar no combate ao coronavírus segue ganhando forma em Niterói, na Região Metropolitana. A Universidade Federal Fluminense já conseguiu concluir a primeira versão dos ventiladores mecânicos que podem ajudar as instituições de saúde do estado. Os equipamentos vão ser cedidos de forma gratuita pela equipe do curso de engenharia elétrica. Além do Hospital Universitário Antônio Pedro – da própria UFF – todas as instituições de saúde que se cadastrarem podem recebê-los.

O coordenador do curso de engenharia elétrica da UFF, Daniel Henrique Nogueira Dias, informou à Agência Brasil que foram feitos testes para resolução de alguns problemas detectados. Com a segunda versão aprovada e funcionando, o próximo passo será fazer testes clínicos no Hospital Antônio Pedro, onde outra parte da equipe do curso de engenharia elétrica segue trabalhando em um sistema para duplicação de ventiladores.

Com os testes clínicos aprovados, a próxima fase é a certificação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária que, segundo Nogueira Dias, facilitou muito a parte burocrática de todo o processo. A expectativa é conseguir submeter o pedido de certificação à Anvisa já na semana que vem, para dar início à fabricação em escala. O projeto faz parte da Frente UFF, que reúne professores, alunos, colaboradores da comunidade interna e externa, no combate aos efeitos da Covid-19 antes, durante e após a pandemia.

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