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Cidade brasileira aprova lei que autoriza doação de alimentos não consumidos

A nova norma permite que estabelecimentos como restaurantes, supermercados e lanchonetes doem produtos não utilizados.

Em torno de 40% da comida do Brasil é desperdiçada.
Em torno de 40% da comida do Brasil é desperdiçada. | Foto: Reprodução Internet

 

Um estudo publicado na revista PLOS ONE concluiu que os consumidores desperdiçam mais comida do que acreditam. Essa análise foi divulgada em fevereiro deste ano por Monika van den Bos Verma e estudantes da Universidade e Pesquisa Wageningen, na Holanda.

A Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) apontou, em seu último levantamento, que um terço de todos os alimentos disponíveis para consumo humano foi desperdiçado. Estamos falando de alimentos adequados ao consumo humano, mas que não foram utilizados. A organização ainda aponta que cerca de 40% da comida produzida no Brasil é desperdiçada.

 

Esperança para muitos

E para tentar mudar esse cenário, uma lei aprovada no município de Joinville, em Santa Catarina, liberou a doação de alimentos não consumidos por estabelecimentos como restaurantes, supermercados e lanchonetes. De acordo com o texto final, já aprovado na Câmara Municipal, os alimentos deverão apresentar padrões de identidade e qualidade de consumo seguindo as regulamentações vigentes.

Para isso, a entidade escolhida deve ter um profissional de segurança alimentar capacitado para receber os alimentos e manipulá-los de acordo com as normas de segurança alimentar e nutricional. A lei também contém detalhes para a doação de alimentos preparados, que são os manipulados em serviços de alimentação. Neste caso, a entidade doadora deverá indicar os ingredientes usados, o prazo de validade e as condições de transporte e armazenamento necessárias.

De acordo com o vereador Fábio Dalonso, autor do projeto, a lei pretende evitar o desperdício de alimentos.

“O projeto acaba com o temor que os estabelecimentos comerciais tinham de doar os alimentos não consumidos, ou não comercializados. Muitas vezes os alimentos são jogados fora por falta de uma segurança jurídica que permita a doação”, declarou o vereador.

Já o vereador Natanael Jordão afirmou que “só dá valor a esse projeto quem passou fome”. Para entrar em vigor, a nova lei precisa ser aprovada pela prefeitura da cidade.

Veja também: Estudante brasileira desenvolve método que retira agrotóxico dos alimentos

 

Ferramenta para doação

Uma outra ação, agora de uma empresa muito forte no mercado, está ajudando uma organização a arrecadar fundos. O iFood lançou recentemente sua plataforma de doação de alimentos pelo aplicativo, em que os usuários podem doar R$ 7, R$ 15 ou R$ 30. O dinheiro arrecadado é destinado à ONG Ação da Cidadania. A startup garante que todo o valor arrecadado será dobrado pelo iFood.

Para doar é bem simples: vá até a aba “Perfil”, selecione o campo de “Doações” e escolha um dos três valores fixos disponíveis. Você também pode ajudar de outra forma: ao finalizar um pedido de delivery pela plataforma, clique no banner da nova função “Compartilhe uma refeição”. Você será direcionado para a página de espera. Lembrando que o pagamento é feito via cartão de crédito cadastrado no aplicativo, que está disponível nas versões para Android e iOS.

Essa é a terceira parceria entre o iFood e a ONG Ação Cidadania. Desde 2017, a plataforma e a organização já estiveram juntas no combate à fome com o “Natal Sem Fome” e em doações para a população de Brumadinho (MG).

 

Redação por Lohrrany Alvim

07/03/2020 – 13h47

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