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Instituto aponta que a saúde mental dos cariocas melhorou no ano de 2022


Pesquisa destaca também a diminuição do número de pessoas que realizam acompanhamento psicológico.

Por: Adriano Dias

06/10/2022 – 18:24h

 

O cuidado com a saúde mental ganhou muita relevância principalmente após passarmos pelo isolamento social que nos submetemos para tentar conter o avanço da pandemia de Covid-19 na sociedade.

Diante desta situação, é necessária a observação de como anda a saúde mental do público. Foi o que fez o Instituto Rio21 que, em conjunto com o portal “Diário do Rio”, fez um relatório que buscou compreender a situação da saúde mental na cidade do Rio de Janeiro.

Como anda a cabeça dos cariocas?
O Instituto questionou aos cariocas como eles avaliavam a própria saúde mental ao longo deste ano. De acordo com o relatório, mais da metade dos respondentes classificou sua saúde mental como “ótima ou boa”, ou seja, apenas 17,7% afirmaram que a sua saúde mental está muito ruim ou ruim neste ano.

As pesquisadoras apontaram um outro bom destaque no quesito “solidão” pois quase 50% da população pesquisada na cidade do Rio disse que raramente ou nunca se sentem solitários. Além disso, de acordo com o relatório, menos de 20% afirmaram que se sentem solitários sempre ou quase sempre atualmente. O instituto ressalta também que a maior parte das pessoas que se sentem solitárias são aquelas que moram sozinhas, o que representa cerca de 25% dos participantes.

O relatório do instituto também destacou a evolução da população carioca nos últimos 12 meses neste assunto. Segundo o Rio21, quando a primeira edição da pesquisa foi realizada, em setembro de 2021, a situação da pandemia ainda afligia fortemente a população da cidade. Agora, em 2022, com a redução dos casos de COVID-19 e o fim das medidas restritivas, o que possibilitou a retomada do convívio social, um percentual muito maior dos cariocas avalia positivamente a própria saúde mental.

Na mesma pesquisa realizada pelo mesmo instituto em 2021, 62,4% afirmaram que não faziam uso de medicamentos para fins psicológicos ou psiquiátricos. Neste novo relatório, esse percentual foi de, aproximadamente, 75%. Isso demonstra, de acordo com o levantamento, que mais de 12% dos cariocas deixaram de usar medicamentos com essa finalidade em 2022.
Além disso, 62,5% dos entrevistados afirmaram não ter nenhum problema psicológico ou psiquiátrico diagnosticado por um profissional de saúde em 2022, o que explica o baixo uso de medicamentos.

Busca por acompanhamento psicológico na cidade do Rio
Um outro corte da pesquisa realizada do instituto Rio21 destaca também que, apesar de terem plano de saúde, apenas 23% dos cariocas realizam acompanhamento psicológico. Além disso, os pesquisadores observaram uma queda em relação à pesquisa realizada em 2021. Naquela época, 28,9% dos respondentes afirmaram que faziam esse tipo de acompanhamento.

Neste ano, entre os que responderam que faziam acompanhamento psicológico com alguma frequência, apenas 4% utilizam a rede pública de saúde. A maioria é acompanhada por profissionais particulares.

Além disso, quando se trata de acompanhamento psiquiátrico, a porcentagem é ainda menor: só 17,2% dos cariocas são acompanhados por psiquiatras em 2022, ou seja, uma queda de 2,4% em relação à última edição da pesquisa.

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