Hidrogel brasileiro que evita amputação em diabéticos chega neste ano ao mercado
Ótima notícia para os diabéticos! Chega neste ano, no mercado brasileiro um hidrogel criado pelo Instituto de Pesquisas da Amazônia que promete revolucionar o tratamento de ferimentos causados por doenças crônicas, como a diabetes, e evitar a amputações de membros do corpo.
Esse medicamento inovador é feito à base de açafrão e de gengibre amargo. E segundo o farmacêutico e bioquímico amazonense Carlos Cleomir de Souza, o produto teve 95% de eficácia na cura de lesões de 27 pacientes diabéticos que haviam sido orientados a fazer a amputação dos pés, mostrando que é capaz de trazer benefícios a uma parcela da população brasileira que sobre com esses tipos de ferimentos, principalmente nos pés, e são diabéticos.
O que é diabetes?
A diabetes é uma doença crônica causada pela má absorção absorver da insulina, hormônio produzido pelo pâncreas, que tem a função de transformar as moléculas de glicose em energia. A insulina é responsável por controlar a quantidade de glicose no sangue. Quando a pessoa desenvolve a diabetes, a insulina para de ser produzida, aumentando assim a quantidade de glicose no sangue e interferindo na queima do açúcar e na transformação deste por substâncias essenciais para o corpo como proteínas. Existem
3 tipos de diabetes:
A do tipo 01 que é causada pela pouca ou nenhuma produção de insulina pelo pâncreas. Esse tipo de diabetes ocorre mais na infância e na adolescência e exige a aplicação de injeções de insulina todos os dias.
A do tipo 02 que é causada pela resistência das células do corpo à ação da insulina. Geralmente acomete pessoas acima dos 40 anos.
E a diabetes gestacional que ocorre durante a gravidez. Na maioria dos casos, o motivo é o excesso de peso das mães.
Além destes três tipos, as pessoas também podem desenvolver a diabetes por conta de outras patologias, como a pancreatite e o uso contínuo de alguns medicamentos.
Sintomas:
Poliúria, ou seja, a pessoa urina demais e, como isso desidrata, sente muita sede;
Aumento do apetite;
Alterações visuais;
Infecções por fungos na pele e nas unhas;
Feridas, especialmente nos membros inferiores, como os pés, que demoram a cicatrizar;
Processo de criação do hidrogel
De acordo com o pesquisador Cleomir, o extrato de gengibre amargo, um dos componentes do hidrogel, tem efeitos cicatrizantes, também funciona como anti-inflamatório, analgésico e vasodilatador, o que aumenta a eficiência do medicamento.
Para criar este produto, o biólogo Carlos Cleomir de Souza fez 20 anos de pesquisa. Os primeiros testes do medicamento ocorreram no ano de 2014, durante 3 meses, em pacientes voluntários da Unidade Básica de Saúde José Amazonas Palhano, em Manaus, que estavam internados para a realização de amputação.
Um dos curados durante essa fase de testes foi o diretor de uma empresa de táxi aéreo, Mauro Paulino, de 37 anos. Diabético, após se cortar com um caco de vidro, ele desenvolveu uma úlcera no pé. Os médicos recomendaram a amputação de um dos dedos.
Ele conta que fez o tratamento convencional durante seis meses e todos os médicos que ele consultava diziam que ele deveria amputar o dedo, pois a infecção havia chegado ao osso. Mas após iniciar o tratamento com o higrogel, isso não foi mais necessário. Segundo ele, Com menos de 2 meses, ficou curado.
Comercialização
Para aumentar a produção do gengibre amargo e comercializar o hidrogel, o Cleomir fundou a empresa Biozer da Amazônia. Ele informou que uma patente já solicitou o medicamento e está aguardando somente o aval da Anvisa, para liberá-lo no mercado brasileiro. O objetivo é que até o mês de novembro a situação com Agência Nacional de Vigilância Sanitária esteja regularizada. A partir daí, em 30 dias o higrogel já estará sendo vendido em todo o Brasil.
Segundo a Sociedade Brasileira de Diabetes, atualmente, mais de 13 milhões de brasileiros têm diabetes, algo que representa 6,9% da população. E esse número não para de crescer! Em alguns casos, o diagnóstico pode demorar, favorecendo assim, o aparecimento de complicações.
Redação por Jenneffer Dutra
29/05/2019 – 08h52
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