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Família de Gugu Liberato quer criar campanha para doação de órgãos no Brasil

Apresentador faleceu após um acidente doméstico nos Estados Unidos.

Brasil bateu recorde no primeiro semestre deste ano, com 1.662 doadores | Imagem Descritiva.

 

Todo mundo sabe que a doação de órgãos pode ser considerada um ato de consciência e amor ao próximo. Para se ter uma ideia, todos os anos, milhares de vidas são salvas por meio desse gesto. Por muitas vezes, este ato pode ser a única esperança de vida ou a oportunidade de um recomeço para pessoas que precisam de doação.

É preciso que a população se conscientize da importância do ato de doar um órgão. Hoje é com um desconhecido, mas amanhã pode ser com algum amigo, parente próximo ou até mesmo você. Uma das pessoas que tinha esse pensamento era o apresentador Gugu Liberato, que retornou a pátria espiritual em novembro do ano passado após um acidente doméstico, nos Estados Unidos.

O nascimento do projeto

No último dia 9 de dezembro, a família do apresentador se reuniu para planejar uma campanha de incentivo à doação de órgãos no Brasil. A intenção do projeto é esclarecer e conscientizar a população sobre o tema e aumentar o número de doadores em nosso país, que ainda é baixo.

De acordo com assessoria de imprensa da família, “após saberem que o ato de doar os órgãos fez com que o assunto ganhasse espaço nunca visto nos meios de comunicação e aumentasse o número de telefonemas e doações de órgãos para a Central Nacional de Transplantes, a mãe e os irmãos de Gugu estudam uma ação associada a Associação Brasileira de Transplantes de Órgãos e /ou Ministério da Saúde para esclarecer a população sobre o tema, alavancar essa discussão e, consequentemente, aumentar o numero de doadores”.

Em meio ao seu trágico falecimento, Gugu Liberato deixou o pedido póstumo para que sua família autorizasse a doação de seus órgãos. A cirurgia de extração durou cerca de seis horas e, segundo informado por sua assessoria, estima-se que tenha beneficiado cerca de 50 outras pessoas.

Apesar do número baixo, a doação de órgãos no Brasil bateu recorde no primeiro semestre de 2019, com 1.662 doadores. Este número representa um aumento de 16% na comparação com o mesmo período do ano anterior. Apesar disso, segundo o Ministério da Saúde, o índice de recusa das famílias em autorizar os transplantes ainda é alto, chega a 43%.

A doação na Doutrina Espírita

A doação deve ser voluntária e consciente. Para o doador, é um exemplo de desapego à matéria, expressando a sublimidade do amor incondicional em benefício do próximo. Já para o receptor, é um exemplo da misericórdia divina que permite a continuidade da existência física.

Divaldo Franco já disse uma vez: “Não pode haver maior dádiva do que oferecer algo que não nos é mais útil e que vai salvar uma vida”

Em entrevista à TV Tupi, em agosto de 1964, Francisco Cândido Xavier ressalta que o transplante de órgãos, na opinião dos espíritos sábios, é um problema da ciência legítimo, natural e que deve ser levado adiante. Na visão de Chico Xavier, os espíritos não acreditam que o transplante de órgãos seja contrário às leis naturais. Pois é muito natural que, ao nos desvencilharmos do corpo físico, venhamos a doar os órgãos prestantes a companheiros necessitados deles, que possam utilizá-los com proveito. A doação de órgãos para transplantes é perfeitamente legítima.

Para mais informações, basta acessar a página do Ministério da Saúde para saber as condições para se tornar um doador e ajudar no combate para salvar a vida de milhões de brasileiros.

 

Redação por Adriano Dias

04/01/2020 – 14h17

 

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