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Estudante do Rio de Janeiro cria mochila que filtra água suja e a torna própria para consumo

Por: Lohrrany Alvim
09/08/2020 – 15h41
O projeto já está atendendo alguns moradores da comunidade Jardim Gramacho, em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense.

 

Você sabia? As lagoas da Barra da Tijuca e Jacarepaguá e a bacia de Sepetiba, na Zona Oeste do Rio, recebem, diariamente, milhões de litros de esgoto. Apesar desse cenário preocupante que o carioca vive, cinco estações de tratamento, que poderiam reduzir a poluição, foram desativadas. Questionada, a concessionária Zona Oeste Mais Saneamento, responsável de 22 bairros da Zona Oeste, afirmou que as estações paradas estão em processo de reativação.

Pensando na escassez de saneamento básico que não só o Rio de Janeiro, mas todo o Brasil enfrenta, um estudante da PUC-Rio desenvolveu uma mochila que filtra água suja e a transforma em própria para o consumo. O projeto está fluindo tão bem que algumas famílias de Jardim Gramacho, em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, já receberam o equipamento e estão testando em suas casas.

 

Início do sonho

O projeto é do estudante Rodrigo Belli, de 23 anos, e foi criado dentro da sala de aula durante um trabalho com outros colegas da PUC-Rio. Ele foi batizado de Água Camelo. O jovem, que estuda design de produto, explicou ao portal G1 que fornece um kit para que os usuários tenham acesso a uma fonte segura de água por até dez anos.

Segundo ele, a pessoa para ter água potável em casa, caso ela não seja abastecida por um encanamento até a casa dela, teria que realizar quatro etapas: captar a água, transportá-la para casa, armazenar e filtrar.

“A gente resolveu criar um Kit Camelo, que é composto por uma mochila, um filtro portátil de água e um suporte de parede. Eles conseguem solucionar essas 4 etapas”, declara o estudante.

A ideia de testar na prática começou em fevereiro e já levou água potável para 11 famílias, o que representa cerca de 50 pessoas. Como falamos no início da matéria, a atuação do projeto ocorre apenas no município de Duque de Caxias. De acordo com Rodrigo Belli, o objetivo é continuar no local pelos próximos meses. Ele ainda ressalta que, durante a pandemia de Covid-19, as entregas dos kits e a apresentação do equipamento atenderam todas as medidas de segurança impostas pela Organização Mundial da Saúde.

 

Ajude você também

Para ajudar a Água Camelo a chegar até as famílias que tanto necessitam, o projeto criou uma campanha de apadrinhamento. Devido ao custo de R$ 350 por cada kit, o projeto recebe doação por meio de um formulário que pode ser acessado aqui. Se você se interessou pela causa e quer saber mais, basta clicar aqui e visitar a rede social do projeto.

Estudante e administrador da iniciativa, Rodrigo conta que a Água Camelo o transformou e incentivou outras pessoas a investirem em projetos sociais.

“Se todo mundo botasse a mão na consciência e pensasse em como fazer a diferença no mundo, como gerar impacto, como tornar a vida de uma pessoa um pouquinho mais agradável, eu acho que teríamos inúmeros projetos assim como a Água Camelo impactando quem mais precisa”, finaliza o jovem.

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