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Engenheiros de universidade dos EUA criam robô que pode ajudar em cirurgias de retirada de tumores

Por: Isabela Lauriano
23/08/2022 – 12h55

O mini robô é um assistente de meio milímetro de largura e é capaz de chegar a locais inacessíveis. (Foto reprodução/ Northwestern University)

 

Todo ano, centenas de pessoas se submetem a procedimentos cirúrgicos das mais diversas naturezas, mas o medo de dar errado passa pela cabeça de muitas delas. As cirurgias podem ser classificadas como de emergência, curativa, paliativa, diagnóstica, reparadora, reconstrutora, cosmética ou plástica.  

Pensando em auxiliar os médicos nas cirurgias delicadas, engenheiros da Universidade Northwestern, nos Estados Unidos, criaram um robô que é controlado remotamente. Para construí-lo, os pesquisadores usaram um material com uma espécie de “memória” latente, capaz de deformar e voltar a forma original quando aquecido.  

O robô é um assistente de apenas meio milímetro de largura, em formato de caranguejo e é capaz de chegar a locais inacessíveis. Essa tecnologia pode também ajudar no desenvolvimento de outros robôs microscópicos, capazes de realizar tarefas difíceis em espaços apertados, como minas e escombros, ou até mesmo em cirurgias dentro do corpo humano.  

Os robôs funcionam com a ajuda da resiliência elástica de seus corpos e podem reparar e montar pequenas estruturas ou máquinas na indústria, podem também limpar artérias entupidas, estancar hemorragias internas ou eliminar tumores cancerígenos, tudo em procedimentos minimamente invasivos. Ele possui um feixe de laser que é utilizado para esquentar rapidamente partes específicas do corpo dele, enquanto uma fina camada de vidro faz com que o local deformado volte ao seu estado inicial após o resfriamento. 

À medida que o robô muda de uma fase para outra, o movimento de locomoção é criado. Esse mesmo laser também é utilizado para determinar qual a direção ele deve seguir. Como as estruturas são muito pequenas, a taxa de resfriamento é muito rápida, proporcionando uma boa velocidade de deslocamento. 

Para fabricar uma criatura tão pequena, os cientistas recorreram a uma técnica de montagem inspirada em um livro infantil de modelagem, conhecida como “pop-up”. Eles fabricaram os precursores das estruturas do caranguejo ambulante utilizando geometrias planas. Esses precursores foram colocados em um substrato de borracha levemente esticado que, ao ser relaxado e aquecido, faz com que o robô “surja” com formas tridimensionais precisamente definidas. É como se o usuário apertasse um objeto plano até ele se transformar em uma figura palpável. 

De início, os robôs foram criados principalmente para fins acadêmicos. Eles ainda estão em fase de desenvolvimento, mas a tecnologia usada para fazer os pequenos caranguejos tem potencial.  

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