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Educação para todos: projeto de mobilidade virtual chega às universidades brasileiras

Por: Adriano Dias
09/02/2021 – 11h42
Iniciativa quer englobar as 69 universidades federais brasileiras. (Foto reprodução Internet)

 

Para aqueles que escolheram este ano para ingressar na universidade e fazer mais um curso, temos uma ótima notícia. Os estudantes de graduação de universidades federais podem cursar disciplinas em outras universidades de forma remota, através do Programa de Mobilidade Virtual em Rede de Instituições Federais de Ensino Superior. O Promover, iniciativa da Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior, começa a ser implementado neste semestre de forma piloto, em quatro universidades. A intenção é que as 69 federais passem a fazer parte do programa.

O primeiro edital oferece vagas em 340 disciplinas de diversas áreas do conhecimento. Participam da edição piloto as universidades federais de Goiás (UFG), Rio Grande (FURG), Maranhão (UFMA) e do Sul da Bahia (UFSB). O estudante que ingressar através desta iniciativa pode escolher até três disciplinas ofertadas pelas demais universidades. O período de inscrição varia de acordo com a instituição onde se pretende estudar. As disciplinas cursadas serão registradas no histórico acadêmico do estudante.

Segundo os reitores das instituições participantes, promover um maior intercâmbio e o contato de estudantes e professores de diferentes universidades federais é um desejo antigo. Eles detalharam também que o projeto foi acelerado em virtude da pandemia do novo coronavírus, com o aumento do uso de tecnologias digitais para possibilitar a continuidade das aulas. Com o ensino remoto, é mais fácil também possibilitar uma maior integração entre as instituições.

“O ensino não se forma exclusivamente por uma formação técnica dentro de uma universidade. A formação de um estudante no ambiente universitário se compõe por um conjunto de vivências, por uma formação política, social e cultural. Então, quanto mais se ampliar os diálogos interculturais, interregionais, melhor vai ser a qualidade do ensino”, diz o reitor da FURG, Danilo Giroldo, para a Agência Brasil.

A intenção é que futuramente todas as instituições passem a fazer parte do programa.

“Imaginem se em quatro universidades temos números bastante significativos, imaginem toda a rede de universidades federais interconectada com essa possibilidade dos alunos conversarem, interagirem com professores, com metodologias, com vivências de todo o país”, ressalta Giroldo.

O presidente da Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior, reitor Edward Madureira, informou que o projeto quer dar uma oportunidade para que os estudantes possam cursar tanto disciplinas obrigatórias quanto aquelas optativas e livres em outras instituições e, assim, ter contato com diferentes métodos de ensino, de diferentes contextos. Futuramente, os institutos federais poderão também passar a integrar a rede de intercâmbios. Atualmente, o nosso país conta com 41 institutos federais.

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