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Crianças de comunidades do Rio concorrem a vagas no balé Bolshoi

Por: Lohrrany Alvim
02/09/2022 – 08h55

A última etapa acontece nos dias 7 e 8 de outubro, quando será a grande final nacional. (Foto reprodução Internet)

Oito crianças de comunidades do Rio de Janeiro estão próximas de conquistar uma vaga em uma das escolas mais conceituadas de balé do mundo: a Escola Bolshoi, em Joinville, Santa Catarina. Elas se destacaram durante uma seleção feita com 110 crianças, entre 8 a 11 anos, mesmo sem ter qualquer contato com a dança. Em busca de uma das 40 vagas para o primeiro ano, estão quatro crianças do Projeto ViDançar, do Complexo do Alemão; duas do Instituto Verde Criando Vidas, do Engenho da Rainha; uma do Projeto Luar da Dança, de Duque de Caxias; e outra do Instituto Mundo Novo, de Mesquita. 

“O importante é dar oportunidade. Muita gente acha que criança da comunidade não tem talento ou, se tem talento, não tem oportunidade. E elas estão aqui para provar que têm as duas coisas”, disse Amanda Visa, do Instituto Verde Criando Vidas, que atende a 120 crianças, entre 3 e 18 anos. 

A última etapa acontece nos dias 7 e 8 de outubro, quando será a grande final nacional, na sede da escola russa no Brasil. 

“Não é preciso conhecimento em dança para ingressar no primeiro ano. Às vezes, a criança traz isso de forma nata ou consegue desenvolver por meio de outros esportes ou meios artísticos, como capoeira, ginástica olímpica ou até subindo em árvore”, explicou Sylvana Albuquerque, coordenadora do processo seletivo do Bolshoi. 

A avaliação final será feita em duas etapas. A primeira será médico-fisioterápica, para observar aptidão física numa avaliação de um time multidisciplinar de médicos e professores de educação física. A segunda será artística, em que serão apreciados o lado musical e a parte cognitiva. 

“Não será uma aula de educação física, nem de dança. Será uma aula lúdica para avaliar a capacidade de desenvolvimento de cada um, principalmente dentro do método vaganova”, descreve Sylvana, fazendo referência ao método criado no século XX pela bailarina russa Agrippina Vaganova, que busca o aprendizado de forma gradual a partir da consciência corporal do aluno a cada movimento, usado pela escola. 

Para a grande final, é preciso também conseguir verba para levar os vencedores e seus responsáveis para a viagem de três dias em Santa Catarina. E você pode ajudar! Os grupos estão lançando campanhas para arrecadar dinheiro. Basta entrar no perfil do Instagram do Projeto ViDançar e saber mais. 

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