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Cientistas encontram sementes de 2 mil anos atrás e revivem árvore que possui propriedades medicinais

A tamareira da Judéia está desaparecida desde o século XIV.
A tamareira da Judeia está desaparecida desde o século XIV. | Foto: Reprodução Internet

 

 

Um grupo de pesquisadores conseguiu plantar árvores que possuem grande poder medicinal. Elas foram cultivadas a partir de sementes de tamareira, encontradas a dois mil anos atrás em ruinas de uma fortaleza construído pelo rei Herodes, o Grande, e em cavernas no sul de Israel. A descoberta foi um feito notável para história da ciência e confirma a durabilidade dos grãos.

O trabalho foi publicado na revista Science Advances e é de autoria do cientista de Jerusalém Louis L. Borick, do Hadassah Medical Organization e do Instituto de Pesquisa para o Desenvolvimento da Universidade de Montpellier, na França.

 

Propriedade Medicinal

A tamareira da Judéia foi muito famosa na antiguidade pela qualidade, tamanho e propriedades medicinais de seus frutos, mas seus benefícios ficaram perdidos por séculos. Isso aconteceu porque as florestas de tâmaras declinaram após a queda do Império Romano. E no século XIX, elas haviam desaparecido completamente. Agora, essas famosas aldeias podem reaparecer, pelo menos para fins científicos.

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Processo de plantio

Os pesquisadores recuperaram centenas de sementes da tamareira e selecionaram 34, que consideravam as mais viáveis para serem cultivadas. Uma foi separada para controle, enquanto as outras 33 restantes foram cuidadosamente encharcadas em água e fertilizante para estimular a germinação.

Uma não vingou, mas as 32 sementes restantes foram plantadas. Destas, apenas seis das sementes conseguiram germinar com absoluto sucesso. Elas receberam os nomes de Jonas, Uriel, Boaz, Judite, Ana e Adão. Com o nascimento das plantas, os cientistas podem realizar análises genéticas das próprias plantas para compará-las com um banco de dados genético das palmeiras atuais.

 

Pergunta que não quer calar…

Todos sabem que sementes para cultivo possuem prazo de validade. Quanto mais tempo as sementes ficarem armazenadas, menos elas vão germinar quando forem plantadas. Por isso, os cientistas estão tentando descobrir como as sementes de 2 mil anos atrás mantiveram a viabilidade por tanto tempo. De acordo com os especialistas, a resposta pode ter implicações importantes para a agricultura mundial.

“À medida que novas informações são encontradas sobre características específicas associadas aos genes (por exemplo, cor e textura da fruta), esperamos reconstruir os fenótipos dessa tamareira histórica, identificar regiões genômicas associadas a pressões de seleção na história evolutiva… e estudar as propriedades e datas produzidas com o uso de mudas velhas masculinas para polinizar fêmeas velhas”, escreveram os pesquisadores.

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Redação por Fernando Ferreira

22/02/2020 – 13h57

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