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Cientistas descobrem proteína que protege contra câncer e diabetes

Por: Isabela Lauriano
23/05/2021 – 8h15
        Estudo em ratos obesos indica que a proteína INPP4B pode ser um caminho para o tratamento          de doenças. (Foto reprodução Internet)

Não é nada fácil descobrir uma doença, de um dia para o outro, principalmente quando tudo está sob controle. A pandemia da Covid-19 no Brasil não mexeu apenas com a rotina das pessoas, mas também com a saúde mental e física. Muitas começaram a se isolar mais, ficar deprimidas, a frequentar psicólogos e psiquiatras, e comer tudo o que vêem pela frente. Além disso, a maioria delas passou a não ir mais às consultas de rotina, com medo de contrair Covid-19. Com isso, a chegada de algumas doenças teve passe livre.

Segundo a Federação Internacional de Diabetes, 463 milhões de pessoas entre 20 e 79 anos no mundo possuem a doença. Já a estimativa do Inca (Instituto Nacional do Câncer), o câncer deve representar a segunda causa de morte na população brasileira, com 25 mil vítimas e cerca de 600 mil novos casos anuais, principalmente de pele – do tipo não melanoma, de próstata e de mama. O câncer já superou as doenças cardiovasculares como maior causa de morte em 476 das 5.570 cidades brasileiras.

A prevenção e a detecção precoce são as maiores armas contra a doença, além da adoção de pequenos hábitos diários, como se alimentar corretamente e praticar atividades físicas. Mas a preocupação com o câncer e com a diabetes pode ficar um pouco mais leve.

Novo estudo

Um grupo de cientistas do Instituto Biomolecular de Ciências (FIU) está estudando uma proteína que protege contra câncer e diabetes.  Os médicos esperavam que essa proteína fosse uma espécie de supressor em tumores, mas, ela acabou sendo muito mais promissora para tratar problemas como fígado gorduroso. Os testes foram feitos na Universidade Duke, na Carolina do Norte, Estados Unidos. Todo o estudo foi publicado na revista científica Medical Xpress.

A pesquisa da FIU com a INPP4B ocorre pelo menos desde 2017, sendo que inicialmente o foco era apenas o tratamento do câncer de próstata. Na época, os pesquisadores acreditavam que essa proteína poderia ser a chave para frear o crescimento de tumores prostáticos.

No entanto, o pesquisador em câncer da Universidade Duke, nos Estados Unidos, Manqi Zhang, acabou notando que alguns camundongos que não tinham a INPP4B eram mais gordos que os demais, mesmo quando tinham uma dieta equilibrada. Após serem expostos a uma dieta mais gordurosa, esses camundongos ganharam ainda mais peso e desenvolveram fígados gordurosos, diabetes tipo 2 e câncer de próstata.

“Tudo sobre este estudo me surpreendeu. Quando a pesquisa começou, ela mudou rapidamente de direção e fizemos muito progresso nisso”, disse Zhang.

Agora, os pesquisadores farão mais investimentos para determinar se o INPP4B pode ou não ser direcionado para tratamentos dessas doenças e também do câncer de mama. O estudo de Zhang foi publicado na revista Nature Communications Biology, onde atualmente é classificado em primeiro lugar na atenção do leitor online.


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