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Brasileiro aprovado em medicina aos 14 anos conclui residência e vai oferecer atendimento a quem mais precisa

Por: Álefe Panaro
05/03/2025 – 15h00

Formado aos 21 anos, José Victor e sua noiva vão abrir um Centro Médico em Itabaiana para ampliar o atendimento na região. (Foto Reprodução: Arquivo Pessoal)

 

Aos 14 anos, José Victor Menezes Teles foi aprovado em medicina. Hoje, aos 21 e já formado, ele planeja retribuir à sua comunidade em Itabaiana, Sergipe. Junto com a noiva, Catarina Fagundes, vai inaugurar um Centro Médico na região, com foco em ginecologia e obstetrícia.

A iniciativa surge da necessidade de melhorar o acesso à saúde, um problema recorrente na cidade. Além do amor pela medicina, José Victor e Catarina compartilham o mesmo compromisso social.

“Estamos sempre juntos – estudamos, operamos e damos plantão como uma dupla”, conta o jovem médico, que concluirá a residência em março.

 

Compromisso com a saúde desde cedo

Filho de pais professores, José Victor sempre foi incentivado a estudar sem deixar de lado os valores de solidariedade e generosidade. Esse princípio o motiva a construir o primeiro Centro Médico de Itabaiana, município com cerca de 100 mil habitantes.

Durante a pandemia de Covid-19, ele atuou na linha de frente por mais de 700 horas e teve a formatura antecipada em 2021 devido a uma portaria do governo federal.

“Diante de tantas perdas naquele período, escolhi a ginecologia e obstetrícia. Poder ajudar na chegada de novas vidas é algo que aquece o coração”, disse José Victor ao Estância Agora.

 

Determinação e perseverança em busca do sonho

Para entrar na universidade tão jovem, José Victor precisou recorrer à Justiça, já que ainda não havia concluído o Ensino Médio. Determinado, aos 14 anos, escreveu um pedido ao secretário de Estado da Educação para realizar provas de proficiência e obter o certificado, mas teve a solicitação negada, levando sua família a buscar apoio judicial.

Com a decisão favorável do juiz, ele prestou 13 exames, incluindo redação, e foi aprovado. Já matriculado em medicina, refez o Enem no ano seguinte e passou novamente. “Só para provar que não foi sorte”, disse, com bom humor.

 

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