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Acessibilidade: projeto permite que cadeirantes percorram trilhas na Região Serrana do Rio

Por: Adriano Dias
15/07/2022 – 07h20

Iniciativa criada por um grupo de montanhistas conseguiu realizar o primeiro passeio no Parque dos Três Picos. (Foto reprodução Internet)

 

A luta para ampliar o direito da pessoa com deficiência (PcD) a realizar aquilo que todos fazem pode ganhar novas fronteiras – ou novas trilhas. Surgiu em Nova Friburgo, na Região Serrana do Rio, uma iniciativa que busca trazer para este público a experiência de conhecer lugares incríveis das regiões montanhosas. Segundo uma matéria publicada pelo portal G1, um trio de montanhistas da região criou um projeto para que cadeirantes possam percorrer as trilhas da cidade serrana.  

Ajuda empresarial  

Os três montanhistas se juntaram e com a ajuda de empresários, que preferiram não se identificar, adquiriram uma cadeira adaptada. Este equipamento permite levar pessoas com deficiências físicas nas caminhadas. Uma das criadoras é Jaqueline Ernandes Machado, que explicou ao portal G1 que a ideia era trazer a inclusão que faltava nas montanhas. Na visão dela, “as montanhas são de todo mundo”.  

A iniciativa foi batizada de “Montanha Solidária” e a primeira atividade foi realizada no dia 3 de julho no Parque Estadual dos Três Picos. No passeio inaugural, o grupo foi até o mirante da Caixa de Fósforo. O trajeto levou cerca de seis horas e contou com o apoio de 21 voluntários, que entre outras funções, auxiliaram no revezamento da cadeira. Até seis pessoas conseguem carregar o equipamento ao mesmo tempo, e eles se revezam a cada cinco minutos. “A gente faz isso para que não haja também desgaste dos voluntários. Nós nos separamos em três equipes que foram trocando durante todo o percurso e deu super certo”, detalha Jaqueline. 

Trilheiro nº1 do projeto 

Coube ao designer gráfico Edmaicon Banca, de 38 anos, a utilizar o equipamento pela primeira vez. Ele aproveitou o projeto para agradecer a oportunidade. “Quando eu abracei o projeto, acho que o pessoal nem sabia que eu era cadeirante. Eu trabalho com designer gráfico e me pediram pra ajudar na divulgação e eu, na mesma hora, adorei o projeto e me entreguei mesmo pra disponibilizar o pouco do tempo que eu tenho por essa causa, pela qual eu sempre lutei”, disse o designer ao portal G1. 

Os voluntários conseguiram juntar quase R$ 7 mil para garantir o equipamento. Agora, os próximos passos para o grupo realizar esse passeio inclusivo pelo menos uma vez ao mês, por questão logística.   

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