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Jovem escritora do Rio Grande do Sul lança obra inspirada pelo espiritismo

Por: Álefe Panaro
26/11/2025 – 15h00

 

Com apenas 17 anos, Manuela Greiner transforma uma inspiração recebida em sala de aula em seu primeiro livro, um convite à reflexão sobre as relações humanas. (Foto Divulgação acervo pessoal)

 

Aos 17 anos, a estudante Manuela Greiner, do Rio Grande do Sul, comemora o lançamento de seu primeiro livro, As Relações Cotidianas Segundo o Espiritismo. A jovem, aluna do terceiro ano do ensino médio no Colégio Vila Lobos, contou durante o programa Berlinda em Focco, exibido nesta quarta-feira (22), que a ideia da obra surgiu de maneira inesperada, em meio a uma aula comum.

“Eu estava escrevendo um conto e, de repente, o nome do livro veio inteiro na minha cabeça. Escrevi no papel para não esquecer e sabia exatamente o que queria abordar: família, escola, amigos, relacionamentos e trabalho. Cheguei em casa, fiz uma prece, pedi auxílio espiritual e escrevi quase tudo em uma noite”, relatou.
Um processo guiado pela inspiração espiritual

 

Manuela explica que o apoio da mãe, a jornalista Márcia Greiner, veio apenas nas etapas finais de diagramação e revisão. A escrita, no entanto, foi um exercício íntimo e solitário.

“No começo, eu me tranquei no quarto e escrevi sozinha. Depois, pedi ajuda dela com a parte técnica. Mas o texto nasceu de uma experiência muito minha”, contou.

Com linguagem simples e acolhedora, a jovem autora reforça que o livro não busca convencer, mas convidar à reflexão sobre o cotidiano à luz da espiritualidade.

“Eu não quis converter ninguém ao espiritismo. Quis apenas mostrar um novo jeito de olhar para a vida. Eu mesma entendi muitas coisas sobre mim enquanto escrevia. Era como se o livro conversasse comigo”, compartilhou.

 

Entre flores, sensibilidade e aprendizado

 

A primeira leitura do manuscrito foi feita por sua psicóloga, dirigente da Casa Espírita O Caminho, instituição que Manuela frequenta. A reação emocionada dos primeiros leitores confirmou à jovem que o texto havia cumprido seu propósito.

“Enviei o PDF e ela mostrou ao marido, que se emocionou lendo. Foi quando percebi que aquilo realmente tocava as pessoas”, lembrou.

Manuela também falou sobre a presença da espiritualidade em sua rotina e sobre como o estudo da doutrina ajudou a compreender sua própria sensibilidade.

“A doutrina espírita me fez perceber que todos temos uma sensibilidade espiritual. É como uma torneira, para alguns está mais fechada, para outros mais aberta. Cabe a nós decidir se queremos trabalhar isso. Quando comecei a estudar e frequentar a casa espírita, tudo começou a fluir melhor na minha vida”, disse.

Além do texto, a jovem se dedicou às ilustrações e ao design do livro, criando uma capa repleta de flores, elemento simbólico em sua jornada pessoal.

“O lírio é a minha flor espiritual e também a minha preferida. Por isso quis encher o livro delas. Cada página tem um toque visual que conversa com o que está sendo dito”, explicou.

 

Um chamado à juventude e ao autoconhecimento

 

Com maturidade e sensibilidade, Manuela espera que sua obra inspire outros jovens a olhar para dentro e repensar as próprias atitudes.

“Muitos de nós repetimos padrões familiares sem perceber. O livro mostra que é possível quebrar esses ciclos, escolher quem queremos ser e transformar a dor em crescimento. Nossos pais também estão aprendendo a ser pais pela primeira vez, então não é sobre culpar, mas sobre compreender”, refletiu.

No final da entrevista, a autora deixou uma mensagem de esperança e propósito:

“Escrever esse livro foi um processo de cura e autoconhecimento. Quero que as pessoas sintam esperança, que saibam que sempre existe um jeito mais leve de viver.”

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