Nova técnica acelera recuperação de fraturas no fêmur
Por: Álefe Panaro
08/01/2025 – 10h00
Pesquisadores de uma universidade nos Estados Unidos desenvolveram uma técnica inovadora para tratar fraturas ósseas, com destaque para o fêmur. Utilizando pequenos sensores, a abordagem personaliza programas de reabilitação e demonstrou eficiência ao reduzir o tempo de recuperação.
O estudo revelou que um programa de treinamento de resistência melhorou significativamente lesões no fêmur de ratos em apenas oito semanas, comparado aos quatro a seis meses necessários para a cicatrização completa em humanos. Bob Guldberg, autor sênior do estudo, destacou que o método aumenta a formação óssea, fortalece a cicatrização e restaura as propriedades mecânicas do osso aos níveis anteriores à lesão.
Entenda o funcionamento
Pesquisadores da Universidade do Oregon desenvolveram sensores que transmitem dados em tempo real sobre a lesão, permitindo que médicos acompanhem a evolução do paciente e ajustem os exercícios ao longo do tratamento. A tecnologia foi detalhada em um estudo publicado na revista NPJ Regenerative Medicine.
Método em estudo
O método baseia-se na aplicação precisa de exercícios para promover a recuperação óssea. A técnica testou corrida de resistência, um tipo específico de exercício associado à estimulação mecânica adequada.
Para isso, os pesquisadores adaptaram rodas de exercício para roedores, adicionando resistência semelhante à de máquinas elípticas ou bicicletas ergométricas. Ratos com fraturas no fêmur e sensores implantados participaram dos testes, utilizando tanto rodas regulares quanto as modificadas para resistência.
Monitoramento de dados
Os sensores registraram a tensão durante os exercícios, oferecendo aos pesquisadores uma visão detalhada do ambiente mecânico das células ósseas durante a recuperação.
Ao longo das oito semanas do estudo, os cientistas acompanharam o processo de cicatrização dos fêmures lesionados e observaram que os ratos submetidos ao treinamento com resistência apresentaram sinais precoces de recuperação, em comparação aos sedentários ou aos que treinaram sem resistência. No final do período, todos os grupos apresentaram algum nível de cicatrização óssea, conforme reportado pelo Good News Network (GNN).
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