Imunização brasileira contra câncer de próstata obtém aval de agência dos EUA
Por: Álefe Panaro
06/11/2024 – 14h55
Uma vacina brasileira contra o câncer de próstata recebeu aprovação da FDA, agência de saúde dos EUA, para testes amplos. Trata-se da primeira imunoterapia desse tipo, com uma eficácia promissora, mas ainda exigindo estudos adicionais antes de ser comercializada.
Resultados preliminares indicam que a vacina pode reduzir a reincidência do câncer de próstata de 37% para 12%, além de diminuir a mortalidade de 12,8% para 4,3%, trazendo esperança para pacientes.
Por orientação da FDA, a vacina será testada em 21 centros de pesquisa nos EUA, e o estudo deve durar aproximadamente 22 meses, avançando o desenvolvimento dessa inovação no combate ao câncer.
Aprovação
Para validar os resultados, essa fase de testes precisa ser aplicada a 230 pacientes nos Estados Unidos. Apenas após essa etapa, a imunoterapia poderá ser disponibilizada no país. No Brasil, a equipe busca a aprovação da vacina pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária).
Entre 2023 e 2025, o Instituto Nacional de Câncer (INCA) estima que surjam 71,7 mil novos casos de câncer de próstata anualmente no Brasil, reforçando a necessidade de novas alternativas de tratamento.
Execução
A vacina é desenvolvida a partir das próprias células tumorais do paciente, com o objetivo de fortalecer o sistema imunológico contra o câncer e reduzir as chances de reincidência, complementando os tratamentos convencionais.
Nos Estados Unidos, espera-se que os primeiros dados sobre a resposta imunológica dos pacientes estejam disponíveis em até 90 dias, permitindo avaliar a eficácia do tratamento. Fernando Thomé Kreutz, médico e cientista da PUC-RS que lidera a pesquisa, afirmou que estudos anteriores com pacientes brasileiros mostraram diminuição nas taxas de recorrência e mortalidade, segundo publicação do INCA.
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