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Pesquisa revela crescimento da empatia entre adolescentes; descubra como desenvolver a sua

Por: Álefe Panaro
02/10/2024 – 10h55

aumento da empatia entre os jovens traz novas perspectivas para a construção de uma sociedade mais compreensiva, enquanto especialistas apontam caminhos práticos para desenvolver essa habilidade essencial.(Foto Reprodução: Adobe Stock)

 

Os jovens podem ser a chave para transformar o mundo! Um estudo norte-americano revelou um aumento significativo na empatia entre os adolescentes nos últimos anos, o que traz esperança para o futuro. Pesquisadores da Universidade de Indiana, nos Estados Unidos, constataram que os alunos do último ano do ensino médio estão se dedicando cada vez mais a compreender as perspectivas e sentimentos alheios.

Não se trata apenas de doações financeiras ou trabalho voluntário. A verdadeira empatia se revela nos pequenos gestos do dia a dia, afirma Jamil Zaki, professor de psicologia na Universidade de Stanford.

 

Pesquisa em números

A psicóloga social Sara Konrath, professora na Universidade de Indiana, conduziu a primeira pesquisa sobre empatia juvenil, que revelou um declínio entre 1979 e 2009. No entanto, uma nova análise, atualizada até 2018, apontou uma mudança significativa: os jovens estão, de fato, mais empáticos! O estudo mostra que essa tendência de queda foi revertida ao longo dos últimos anos.

De acordo com Sara Konrath, nos últimos anos os estudantes nos EUA têm se mostrado mais tolerantes. Além disso, demonstram uma crescente prática da ‘preocupação empática’, um tipo de empatia emocional que reflete o cuidado genuíno com o bem-estar dos outros.

 

O poder da confiança na construção de vínculos

Jamil Zaki enfatiza a importância de acreditar mais na empatia. Ao se permitir confiar e se abrir para o outro, novas conexões podem ser formadas. Segundo ele, embora a maioria dos americanos apoie políticas de proteção ao clima, muitos acham que essa é uma opinião isolada. No entanto, estar disposto a escutar o outro pode gerar oportunidades inesperadas e ajudar a resolver questões complexas e impopulares.

O professor Edward Brodkin, da Universidade da Pensilvânia, e sua coautora Ashley Pallathra, escreveram um livro pontuando quatro princípios fundamentais para se tornar uma pessoa mais empática. São eles:

 

Escuta atenta: Não se trata apenas de ouvir o que é dito, mas também de perceber os sinais não verbais. Ficar atento a gestos e expressões demonstra cuidado com o outro, onde a empatia realmente se manifesta.

Compreensão do diferente: Tente entender as origens das opiniões e perspectivas alheias. O objetivo não é concordar, mas buscar enxergar o mundo por outro ponto de vista. Isso ajuda, inclusive, a lidar com situações delicadas, sem precisar aceitar o que se discorda.

Consciência relaxada: Manter-se relaxado e consciente é essencial para desenvolver a empatia. Evitar ser dominado pelas emoções permite abrir-se verdadeiramente ao outro e ouvi-lo com mais atenção.

Responsividade mútua: Envolva-se ativamente na conversa. Alimente o diálogo, especialmente se notar que o tema deixa a outra pessoa feliz. A troca constante de ideias reflete empatia, criando uma conexão genuína e atenciosa.

 

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