Olimpíada de Paris: Imagens inspiradoras de momentos de superação e união olímpica
Por: Álefe Panaro
21/08/2024 – 10h55
Exemplos de atletas que brilharam com boas ações nos Jogos Olímpicos
A Olimpíada de Paris 2024 terminou, mas os bons exemplos permanecem. Confira a seguir gestos que emocionaram o público durante os jogos olímpicos na Cidade Luz.
Sem rivalidade no pódio
Se alguma imagem ficará marcada por Paris 2024, é a do pódio da final de solo da ginástica artística feminina. Medalhista de ouro na categoria, Rebeca Andrade foi homenageada no pódio pelas americanas Simone Biles e Jordan Chiles.
“Rebeca? Ela é incrível, ela é uma rainha. E, antes de tudo, foi um pódio todo negro, foi muito empolgante para nós”, contou Biles sobre a reverência.
“Jordan me falou ‘vamos nos curvar para ela?’, e eu disse ‘claro’. Aí olhamos uma para outra e falamos: ‘vamos fazer agora’. E fizemos”, contou Biles. “Foi muito emocionante assisti-la, ver como o público torcia por ela. Era a coisa certa a fazer.”
A força da amizade
Nos momentos finais do triatlo masculino, o neozelandês Hayden Wilde liderava a corrida, mas o britânico Alex Yee, que havia sido medalhista de prata em Tóquio 2020, deu seu máximo para ultrapassá-lo e garantir o primeiro lugar. Enquanto Yee cruzava a linha de chegada como vencedor e conquistava a medalha de ouro, Wilde apenas pôde assistir seu rival alcançar a vitória nos últimos instantes. Exausto pelo esforço, Yee caiu no chão após a vitória. Wilde, então, se aproximou para abraçá-lo. Mais tarde, o neozelandês demonstrou estar mais contente pela conquista de seu amigo do que decepcionado por ter ficado com a prata.
“Lembro-me de quando, há seis anos, dividimos um quarto em Jersey para o Super League Tri. Essa foi a primeira vez que conheci Alex e acho que estar ao lado dele no pódio tantos anos depois foi algo especial”, comenta Wilde.
Empatia na pista
Durante uma das provas classificatórias dos 100 metros rasos femininos, a corredora sul-sudanesa Lucia Moris caiu, visivelmente machucada e demonstrando muita dor. Por alguns instantes, ninguém se moveu para ajudá-la, exceto sua concorrente do Laos, Pha Aphay. Aphay prontamente voltou para socorrer Moris, perguntando o que havia acontecido e chamando a atenção das equipes médicas. Moris foi então retirada da pista em uma maca.
“Somos atletas. Todos os atletas dos 100 metros sabem o que é se machucar”, disse Aphay ao jornal The Washington Post sobre sua decisão de ajudar a rival de prova.
Homenagem no pódio
Durante a semifinal do badminton feminino, Carolina Marín, da Espanha, sofreu uma grave lesão ao estar prestes a vencer a partida. A contusão foi séria: uma ruptura do ligamento cruzado. Apesar de seu esforço, Marín teve que abandonar o jogo e seu sonho de conquistar uma medalha. Sua adversária, a chinesa He Bing Jiao, avançou diretamente para a final. Na decisão, não conseguiu derrotar a sul-coreana An Se Young, terminando com a medalha de prata. No entanto, ao subir ao pódio para a cerimônia de premiação, He Bing Jiao fez um gesto tocante de solidariedade a Marín, segurando um broche da seleção espanhola na mão direita.
“Quero destacar uma pessoa. Incentivei He Bing Jiao a fazer uma boa partida na final, mas o momento no pódio é um dos gestos mais bonitos que já fizeram para mim”, expressou a espanhola em texto publicado em sua conta no X/Twitter.
Solidariedade no campo
A partida estava intensa, com Brasil e Angola lutando arduamente por uma vaga nas quartas de final do handebol feminino na Olimpíada de Paris 2024. No dia 3 de agosto, durante o segundo tempo, a angolana Albertina Kassoma sofreu uma lesão no joelho. Embora tentasse se dirigir ao banco de reservas, Kassoma não conseguiu e acabou caindo no chão. Nesse momento, a pivô brasileira Tamires Araújo a levantou e a carregou para fora da quadra.
“No início, continuei jogando porque não achei que fosse tão grave. Mas quando a vi no chão, percebi que ela não conseguiria se levantar”, comentou Tamires.
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