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Pesquisadores do Duke Human Vaccine Institute, nos Estados Unidos, descobrem ingrediente para a vacina contra o HIV


Após testes com o imunizante em macacos da espécie Macaca mulatta, os cientistas constataram que o ingrediente adjuvante já é adotado por outros tipos de vacinas. (Foto Reprodução: Internet)

Por: Isabela Lauriano

20/09/2022 – 10:05

A busca pela cura das doenças cada dia que passa cresce mais, principalmente quando se trata do HIV, vírus causador da Aids. A Síndrome da Imunodeficiência Adquirida foi reconhecida pela primeira vez em 1981, nos Estados Unidos, a partir da identificação de um número grande de pacientes adultos do sexo masculino. Embora não se saiba ao certo qual a origem dos HIV-1 e 2, sabe-se que uma grande família de retrovírus está presente em primatas não-humanos na África sub-Sahariana. A partir daí, diversos pesquisadores estudam sobre a cura da doença.

Desde os anos 1980, os cientistas sonham com uma vacina eficaz e segura contra o vírus da Aids. Agora, pesquisadores do Duke Human Vaccine Institute, nos Estados Unidos, anunciaram ter descoberto um caminho benéfico na prevenção do HIV, após testes com o imunizante em macacos da espécie Macaca mulatta. Por enquanto, a fórmula experimental deve carregar alvos para anticorpos específicos contra o agente infeccioso e um adjuvante, uma substância que aumenta as respostas imunes contra o vírus.

Na primeira etapa da pesquisa para a vacina contra a doença, os pesquisadores recolheram amostras de sangue de pacientes que convivem com o vírus de forma controlada e analisaram quais tipos de anticorpos estavam presentes nos indivíduos. Em laboratório, a equipe de cientistas avaliou quais anticorpos eram mais favoráveis em se conectar com o vírus e quais tinham afinidades com mais cepas diferentes do vírus da Aids. Juntando todas essas informações, eles construíram um imunógeno que, em estudos pré-clínicos, estimulou a produção de anticorpos contra a doença, de forma eficaz.

Os cientistas testaram também, potenciais adjuvantes e descobriram que o melhor ingrediente adjuvante era o receptor TLR7/8, já adotado por outros tipos de vacinas. Apesar dos resultados preliminares, mais estudos ainda são necessários com os animais para que a pesquisa avance com testes em humanos.

Segundo Barton Haynes, diretor do Duke Human Vaccine Institute e autor do estudo, este é um progresso significativo em direção a uma vacina viável contra o HIV.

Além dos cientistas do Duke Human Vaccine Institute, a farmacêutica Moderna está estudando e realizando testes para a vacina contra o HIV. Ela realiza testes de Fase 1 com duas fórmulas diferentes para a prevenção do HIV, nos Estados Unidos. O imunizante foi desenhado com a tecnologia do mRNA (RNA mensageiro), que é a mesma adotada pelo imunizante da empresa contra a covid-19.

As principais formas de transmissão do HIV são: sexual, sanguínea, em receptores de sangue ou hemoderivados e em UDIV; e perinatal, abrangendo a transmissão da mãe para o filho durante a gestação, parto ou por aleitamento materno.

No Brasil, dezembro foi o mês escolhido para realizar a campanha “Dezembro Vermelho”, com o objetivo de conscientizar a população na luta contra o vírus HIV, a Aids. A data chama atenção para a prevenção, assistência e proteção dos direitos das pessoas infectadas com o HIV. Além disso, a campanha é considerada, um marco nacional para a luta contra as Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs), em especial contra o HIV.

No Brasil, segundo o Ministério da Saúde, cerca de 920 mil brasileiros vivem com HIV. Deste total, 89% foram diagnosticados, 77% fazem tratamento com antirretroviral e 94% das pessoas que fazem o tratamento já não transmite o HIV, por terem atingido a carga viral indetectável.

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