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Estudante brasileiro cria filtro de água e ganha intercâmbio para o Egito


O jovem é estudante do Instituto Federal de Rondônia e criou um protótipo de filtro com fruto típico da região. (Imagem Reprodução: Internet)

Por: Lohrrany Alvim

16/09 – 14:30

David Henrique, de 16 anos, ganhou um intercâmbio para o Egito após criar um protótipo de filtro de água com carvão ativado de açaí. O caroço do açaí, fruto tradicional da região amazônica, fez com que o estudante do Instituto Federal de Rondônia viajasse pela primeira vez para o exterior.

Criação do projeto
O aluno do 2º ano do curso técnico em química, participou no começo deste ano de um programa para bolsas do AFS Global STEM Academies. O programa acontece com base nos objetivos do desenvolvimento sustentável da Organização das Nações Unidas (ONU). Durante um workshop de 15 dias, David teve a ideia, desenvolveu o projeto e fez os primeiros testes no protótipo.
Segundo o jovem, a escassez de água é muito grande na comunidade onde nasceu (Esperantinópolis, Maranhão), o que acaba resultando no prejuízo na saúde da população. Por isso, resolveu criar este projeto.
“Pensando nisso e tendo vivido isso, tendo sentido o gosto daquela água salobra, daquela água que não é 100% tratada, a gente pensa em entregar essa segunda opção”, disse David Henrique, ressaltando ainda que o filtro é uma boa alternativa para comunidades com vulnerabilidade financeira devido ao custo-benefício e a eficiência.
Por conta da importância da água potável, o filtro foi avaliado por uma banca do Centro de Estratégia de Impacto Social da Universidade da Pensilvânia (EUA) e recebeu certificado em cidadania e impacto social. Com isso, o jovem ganhou a oportunidade de receber cartas de recomendação para o intercâmbio para o Egito com apoio de seus professores. Em quatro semanas, David teve oportunidade de adquirir e passar conhecimento para seus colegas de vários países do mundo.

Filtro
A construção do filtro conta com materiais que são acessíveis para a região: algodão, pedra, areia grossa, areia fina e carvão ativado a base do caroço do açaí. O processo de filtragem da água é dividido em duas etapas:
A primeira retira as impurezas (galhos, barro e demais substâncias naturais) vistas a olho nu por um filtro composto de algodão, pedra, areia e carvão ativado de açaí.
Na segunda etapa, em 15 minutos uma luz ultravioleta elimina todas as bactérias tornando a água potável.
O projeto tem como objetivo principal ajudar comunidades que sofrem com a ausência de água tratada. A ideia não é comercializar o filtro.

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