Pesquisa de doutorado da UFMG desenvolve método para tratar câncer cerebral
Por: Lohrrany Alvim
26/03/2022 – 08h23
Uma pesquisa da estudante de doutorado Isadora Carvalho, da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), resultou no desenvolvimento de um novo método que pode contribuir para o tratamento do câncer no cérebro. Foi o criado um nanomaterial que pode vir a ser adotado para a aplicação de medicamentos às células infectadas por tumores.
A pesquisa foca em melhorar a chegada do fármaco ao local do tumor, causando menos efeitos colaterais. Como todos sabem, o tratamento de câncer provoca muitos efeitos colaterais nos pacientes, sendo muitas vezes bastante agressivo.
Como funcionam
O dispositivo tem como objetivo transportar dois remédios utilizados no tratamento do câncer de cérebro, KLA e doxorrubicina.
Foram feitos testes bem-sucedidos in vitro, aqueles que não envolvem pessoas. Nos primeiros ensaios, o nanomaterial atacou células tumorais sem danificar as células saudáveis. Quando o material entra na célula, a medicação é liberada.
Outro efeito do novo método foi iluminar com fluorescências as áreas atingidas, permitindo formar uma bioimagem e visualizar onde está cada componente na célula. Segundo Isadora, os resultados indicaram a eficiência e a segurança do minúsculo mecanismo.
A nanotecnologia atua com estudos e soluções em dimensões minúsculas. Se uma linha de um metro de comprimento for dividida em um bilhão de partes iguais, cada uma vai medir um nanômetro.
Por conta da pesquisa, Isadora Carvalho foi indicada na área de engenharias ao prêmio de teses da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), o mais importante curso de pós-graduação do país.
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