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Cientistas brasileiros criam repelente que “confunde” mosquito Aedes aegypti

Por: Lohrrany Alvim
10/12/2020 – 10h45
O método bloqueia temporariamente os receptores do mosquito e impede que ele perceba o alvo pelo cheiro.(Foto reprodução Internet)

 

O verão está chegando e é nesta época do ano que a proliferação do Aedes aegypti se torna mais presente. Para ajudar no combate, cientistas do Departamento de Química da Universidade Federal do Paraná (UFPR) descobriram uma forma de “confundir” o mosquito transmissor da dengue, zika e chikungunya.

De acordo com informações do portal do Governo do Brasil, os pesquisadores usam um mecanismo baseado na evolução do próprio inseto e faz com que a fêmea, que é perita em detectar sangue, fique impedida de encontrar as “pistas químicas” que a guiam até o alvo que vai picar. Para chegar nesse resultado, os cientistas da UFPR desenvolveram uma molécula de ácido lático modificado que bloqueia temporariamente os receptores do mosquito e impede que ele perceba o alvo pelo cheiro.

 

Repelente

Neste primeiro momento, a molécula mostrou-se mais eficiente em repelentes corporais. Os testes verificaram que o insetífugo funciona bem por cerca de dez horas, como explica Francisco de Assis Marques, pesquisador do Laboratório de Ecologia Química e Síntese de Produtos Naturais (Lecosin) da UFPR e coordenador do estudo.

“O desenvolvimento da molécula significa a criação, em nível mundial, de uma nova estrutura química com efeito de repelência ao mosquito para uso massivo”.

 

Livre de solventes

Além da alta eficiência detectada na pesquisa, o método de desenvolvimento do novo repelente dispensou o uso de solventes na primeira etapa de testes. Para quem não sabe, solventes são substâncias que possibilitam reações químicas e que, geralmente, se convertem em sobras de potencial poluidor. Eles também aumentam o custo de fabricação, pois não estão relacionados ao objetivo final do produto. Agora, os pesquisadores trabalham para eliminar os solventes na segunda etapa da síntese da substância.

Com isso, existe a possibilidade de oferecer ao mercado um repelente de alta eficiência totalmente natural, biodegradável, de baixo custo e com baixo nível de reações químicas ambientais.

 

Campanha de combate ao Aedes aegypti

No final do mês de novembro, o Ministério da Saúde lançou a campanha de combate ao mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, zika e chikungunya, doenças que podem gerar outras como a microcefalia e a síndrome de Guillain-Barré. O tema deste ano é “Combater o mosquito é com você, comigo, com todo mundo”. O objetivo é conscientizar sobre os perigos do inseto e motivar os brasileiros para o combate aos criadouros.

 

Faça sua parte!

Como falamos no começo da matéria, é no verão que o número de casos da doença aumenta no Brasil. E engana-se quem pensa que os cuidados são apenas de responsabilidade dos agentes da saúde. Você também pode ajudar! É rápido e fácil eliminar os recipientes com água parada – ambiente propício para procriação do mosquito Aedes aegypti. Preencher pratos de vasos de plantas com areia, manter lixeiras bem tampadas e ralos limpos e com aplicação de tela, além de manter lonas para materiais de construção e piscinas sempre esticadas para não acumular água são algumas das ações de prevenção.

 

Sintomas

Os sintomas de dengue, chikungunya ou zika são bem parecidos. Eles incluem febre, dor de cabeça, dores no corpo e articulações, fraqueza, dor atrás dos olhos, coceira na pele, manchas vermelhas pelo corpo, além de náuseas, vômitos e dores abdominais. Caso você perceba alguns desses sintomas, a orientação do Ministério da Saúde é procurar imediatamente a unidade ou serviço de saúde mais próximo de sua residência.

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