São Paulo recebe o primeiro desfile de roupas anti-coronavírus
Por: Adriano Dias
11/10/2020 – 15h35
Adaptar. Esse verbo resume com clareza o que a Covid-19 fez com o mundo inteiro. Tivemos que repensar o jeito que levamos a vida socialmente, redobramos os cuidados com contato do nosso corpo em outros ambientes, nos distanciamos fisicamente das pessoas que mais amamos e até mesmo, cuidamos das roupas que utilizamos diariamente.
Sim, não é exagero. Até a moda foi impactada pelo coronavírus. Isso ficou comprovado no dia 01/10, quando a cidade de São Paulo recebeu o primeiro desfile exclusivo com as chamadas roupas anti-coronavírus. A iniciativa partiu da indústria têxtil Vicunha, que convidou 13 estilistas para trabalhar no desenvolvimento de peças de vestuário com sua nova linha de tecidos V.Protective.
Segundo a Revista Exame, diversos nomes da moda brasileira foram convocados pela esta iniciativa. Desde os consagrados Alexandre Herchcovitch e Raquel Davidowicz até os novatos, como Isaac Silva, Igor Dadona e Rafael Nascimento. Todos eles tiveram suas criações desfiladas.
O mundo pós-pandemia como meta
Esses nomes foram chamados pela presença deles nas semanas de moda do Brasil, e, por isso, além de uma parceria criativa que expôs as possibilidades de uso dessa tecnologia, trata-se de um primeiro olhar sobre o que parte das marcas autorais do país imagina para um futuro próximo pós-pandemia. Essas roupas vão servir de mostruário para apresentar à indústria nacional como é possível costurar na prática essas novas tecnologias têxteis.
A depender dos designers dessa ala autoral da criação brasileira, o mercado terá roupas mais funcionais, utilitárias, com um claro viés esportivo e sem gênero aparente. Isso significa que homens e mulheres poderiam usar as parcas com amarração da Cartel 011, o macacão com bolsos e costura aparente criado pela Amapô e o casaco do tipo morcego de Diego Fávaro, nomes conhecidos entre a turma de fashionista paulistanos.
Segundo a publicação, estas novidades já foram vendidas para parte dos clientes da Vicunha, uma das maiores fornecedoras mundiais de índigo (nome industrial para o jeans). No Brasil, além das pequenas marcas que desfilaram, entre seus clientes estão todas as varejistas de moda, da Renner à Marisa, grifes como Osklen, Reserva, Calvin Klein e Aramis, e os grupos Soma (Animale e Foxton), Restoque (Le Lis Blanc e Bobstore), Ibrands (Ellus e VR) e AMC (Colcci).
É possível que, até o final deste ano, mais coleções com essa proteção adicional contra o novo coronavírus encham as araras do país. A Another Place, grife jovem com foco no mercado on-line, colocou opções dentro do segmento antiviral em sua plataforma.
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