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Universidade Federal de Minas Gerais desenvolve programa para detectar a presença de Covid-19

Por: Lohrrany Alvim
16/08/2020 – 15h21
O teste é feito através de um telefone celular comum. (Foto reprodução Internet)

 

 

Mais uma boa notícia para combater o novo coronavírus. Buscando uma maneira eficaz, barata e rápida, a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) está desenvolvendo um programa para detectar a presença de vírus nas testagens em massa de Covid-19. O projeto será colocado em prática de forma bem simples: utilizando telefones celulares que serão distribuídos para laboratórios e farmácias de todo o Brasil.

O teste promete ser cinco vezes mais barato que os feitos atualmente. Ele vai funcionar da seguinte maneira: o celular será usado para tirar foto da saliva recolhida para o teste. Através de um programa de análise de imagem, será revelado se o teste deu positivo ou negativo. Além disso, ele vai mostrar se a quantidade de vírus é alta, média ou baixa.

O resultado irá para um banco de dados das secretarias de Saúde, que terão a missão de monitorar qual região tem mais presença do vírus. De acordo com a professora do Departamento de Fisiologia e Biofísica do Instituto de Ciências Biológicas (ICB) Maria de Fátima Leite, a diferença em relação aos testes rápidos já existentes é que este faz a análise da quantidade de vírus e não de anticorpos.

“Atualmente, o diagnóstico que permite identificar a doença desde a fase inicial depende de laboratórios, que necessitam do trabalho de técnicos especializados e de equipamentos de alto custo”, diz a professora.

Ainda segundo Maria de Fátima Leite, outro fator importante é que a ideia pode ser adaptada para identificação de outras doenças como febre amarela e dengue. O projeto é coordenado pela Escola de Engenharia, com participação do Instituto de Ciências Biológicas e Escola de Veterinária da UFMG. A iniciativa já foi aprovada e aguarda liberação da verba para execução.

 

Planos de saúde

Ainda aqui no Brasil, o teste sorológico, que identifica os anticorpos do vírus, foi incluído pela Agência Nacional de Saúde Suplementar no rol de procedimentos obrigatórios de cobertura pelos planos de saúde. O procedimento incorporado é a análise de anticorpos IgG ou anticorpos totais, a partir do oitavo dia do início dos sintomas, nas segmentações ambulatorial, hospitalar e referência, conforme solicitação do médico.

No entanto, para justificar o pedido, é necessário preencher alguns critérios obrigatórios. De acordo com a ANS, poderão realizar o teste pacientes com Síndrome Gripal ou Síndrome Respiratória Aguda Grave, além de crianças ou adolescentes com quadro suspeito de Síndrome Multissistêmica Inflamatória pós-infecção pelo coronavírus.

Por outro lado, estarão excluídos: pacientes que já tenham RT-PCR prévio positivo para coronavírus; pacientes que já tenham realizado o teste sorológico, com resultado positivo; pacientes que tenham realizado o teste sorológico, com resultado negativo, há menos de uma semana, exceto para crianças e adolescentes com quadro suspeito; pacientes cuja prescrição tem finalidade de rastreamento, retorno ao trabalho, pré-operatório, controle de cura ou contato próximo/domiciliar com caso confirmado, e verificação de imunidade pós-vacinal.

Se você ficou em dúvida, basta acessar a página da ANS ou ligar para o telefone 0800 701 9656.

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