Rio de Janeiro passa a contar com bancos feitos com tampinhas e embalagens plásticas nas praças
Iniciativa sustentável nasceu da parceria da Secretaria de Meio Ambiente com um projeto social.
Por: Adriano Dias
11/06/2020 – 10h04
A sustentabilidade é um assunto que está mais presente na nossa sociedade. Por isso, a Prefeitura do Rio de Janeiro começou a entregar os primeiros bancos de praças construídos com tampinhas e embalagens plásticas. Eles vão ser implementados em parques e pracinhas da cidade. O projeto nasceu através de uma iniciativa conjunta da Secretaria Municipal de Meio Ambiente com a Obra Social Abrace o Rio. O evento inaugural aconteceu no dia 3 de junho, no Centro de Educação Ambiental, no Parque de Madureira, Zona Norte da Cidade.
As tampinhas e as embalagens plásticas de produtos de limpeza foram arrecadas pela campanha Mágica da Reciclagem, uma parceria da Abrace o Rio com a Comlurb e as secretarias de Meio Ambiente e Educação. Para o projeto nascer, foram recolhidos 788 kg de tampinhas e embalagens que, transformadas em polietileno, foram responsáveis pela produção dos primeiros 72 bancos. Cada banco consumiu, em média, duas mil tampinhas.
Segundo o secretário de Meio Ambiente, Bernardo Egas, o programa de recolhimento das tampinhas será reforçado com o retorno da normalidade na cidade do Rio pós-pandemia de Covid-19.
Outros exemplos no estrangeiro
Esse projeto ecologicamente correto que está nascendo na Cidade Maravilhosa se junta a um seleto grupo de mobiliário urbano pelo mundo que conta com medidas sustentáveis.
Em Sevilha, Espanha, existe o Metropol Parasol. Projetado pelo arquiteto alemão Jürgen Mayer-Hermann, a estrutura possui 150×70 metros de largura e 26 metros de altura, sendo considerada a maior base de madeira do mundo. A obra consiste em seis guarda-sóis com a forma de cogumelos e o desenho se inspira nas abóbadas da catedral de Sevilha e das árvores típicas da praça Cristo de Burgos, elementos importantes na arquitetura espanhola.
Ainda na Espanha, agora em Barcelona, tem o Parc de la Marina, que foi construído em torno do rio Riera de Saint Climent, com o objetivo de recuperá-lo e oferecer um sistema hidráulico sustentável para coletar água da chuva e utilizá-la para irrigação de maneira natural. Assim, o rio foi transformado em um parque urbano, tendo sua vegetação nativa recuperada e as partes cobertas transformadas em avenidas arborizadas.
Na França, o projeto do estúdio Ferpect foi o ganhador da Bienal de Design de Mobiliário Urbano de Paris, no ano de 2011. As estruturas de madeira em forma de dunas são reconfiguráveis e podem ser rearranjadas em mesas, prateleiras e bancos, seguindo com a necessidade dos usuários no momento.
Outro exemplo sustentável vem da Itália, com a Piazza Fontana. A iniciativa foi concebida como um espaço multiuso para os moradores do vilarejo de Rozzano. A intenção foi dar identidade ao espaço, mesmo que o perfil de atividades a serem desenvolvidas na praça fosse livre. O local escolhido para a construção da praça é formado por dois terrenos e o padrão geométrico com a proporção do “Retângulo de Ouro” garante equilíbrio, beleza e flexibilidade ao espaço.
Saindo um pouco do continente europeu, os Estados Unidos contam com o Lentspace. Localizado em Nova York, o projeto foi concebido como um espaço para eventos, exposições de esculturas, fotografias e como viveiro para plantas. Há ainda um muro móvel de madeira, que pode ser aberto em diferentes ângulos para funcionar como bancas ou painéis para exposição. A intenção é oferecer atividade e ocupação a um terreno ocioso em Nova York até que o projeto definitivo a ser implantado fique pronto.
Essas são apenas algumas iniciativas que mostram que o mundo pode abraçar ainda a sustentabilidade quando a pandemia de Covid-19 perder sua força por completo.
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