Universitários trabalham na produção e distribuição de álcool em gel gratuitamente em São Paulo
Projeto está sendo encabeçado pela Universidade de Guarulhos.
Não é necessário entender de geografia para compreender a dimensão do gigantismo representado por São Paulo. Infelizmente, a terceira maior metrópole do mundo não passaria imune pela pandemia.
Talvez no momento em que você estiver lendo essa matéria, os números de casos confirmados por COVID-19 possam estar nas alturas, o que reforça ainda mais as recomendações orientadas pelas principais autoridades sanitárias do nosso país: lavar as mãos com água e sabão – por 20 segundos – e utilizar o álcool em gel 70%.
Aliás, sabemos que o ano nem chegou a metade, mas já se pode dizer que o álcool em gel é o produto mais buscado nos mercados Brasil afora. Diante desta ausência, um grupo de universitários segue no trabalho para reverter esta estatística na maior cidade do nosso país.
O inicio do projeto
Os alunos da Universidade de Guarulhos, na Grande São Paulo, trabalham para a fabricação de álcool em gel com o intuito de distribuir de forma gratuita dentro da própria instituição. A principal justificativa – como era de se esperar – é de que o álcool usado na prevenção da proliferação do vírus está em falta em estabelecimentos comerciais de todo país. Na primeira fase, o laboratório está sendo utilizado para produzir aproximadamente 60 kg de álcool em gel 70%.
Mas, antes de pensar em questionar, fique tranquilo: toda a produção obedece a rigor as normas de boas práticas de fabricação. Quem garante isso é o coordenador do curso de Farmácia da Universidade, Fábio Ribeiro da Silva. Ele afirmou que o trabalho feito pelos alunos, junto com os professores do curso e técnicos de laboratórios, vai resultar em um produto de qualidade e eficaz contra a Covid-19. Projetos semelhantes a esse podem surgir em outros institutos, o que nos resta é aguardar.
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Deixe pra quem sabe fazer
Como já foi citado anteriormente, a produção de álcool em gel segue todos os aparatos da ANVISA. Essas receitas geralmente usam álcool líquido como base do produto. De acordo com o Conselho Federal de Química, o manuseio de álcool em altas concentrações pode causar acidentes. Isso vai desde a irritação na pele até a provocação de incêndios.
É importante destacar que o processo de fazer álcool gel não é tão simples quanto as receitas fazem parecer. O álcool em gel vendido na farmácia passa por uma série de testes que verificam a concentração de álcool no produto e outras variáveis – todas estabelecidas por pesquisas que testaram a eficácia do produto em diferentes configurações contra bactérias e vírus.
A concentração ideal para eliminar os germes é 70%. Soluções alcoólicas com concentrações maiores evaporam muito rápido, e aí não dá tempo de aniquilar os micróbios. Além disso, a solução deve ter uma quantidade mínima de água que dê um empurrãozinho para o álcool entrar na célula e matar o patógeno. Diante destas informações, fica aqui a ressalva: nada de tentar fazer isso em casa. Deixe com os especialistas.
Redação por: Adriano Dias
29/03/2020 – 08h36
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