Blog

Estudante cria absorvente biodegradável a base de fibra de banana para moradoras de rua

Programa foi desenvolvido através de um projeto da Organização das Nações Unidas.

 

Projeto de absorvente biodegradável já foi recebeu prêmio internacional.
Projeto de absorvente biodegradável já recebeu prêmio internacional. | Foto: Reprodução Internet

 

Atualmente, presenciamos o crescimento do número de cientistas que seguem na busca do plástico 100% biodegradável nas universidades. Uma embalagem biodegradável significa uma alternativa para amenizar muitos dos impactos ambientais causados pela produção de mais e mais lixo. Já existem muitas opções, como a reciclagem e a incineração, além dos produtos biodegradáveis surgindo como mais uma.

Entre os componentes, que podem compor embalagens e ser produzidos de forma que sejam biodegradáveis, estão o plástico e tecidos. Estes são uma tecnologia mais recente. Não é em vão que o nosso país segue na dianteira quando se fala em tecidos biodegradáveis. Um dos exemplos desta dianteira vem do Paraná.

 

Como surgiu o projeto?

Durante a participação de um curso sobre soluções para problemas sociais existentes ao redor do mundo, onde cada participante tinha que escolher um dos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da Organização das Nações Unidas, a universitária Rafaella de Bona Gonçalves ganhou a missão de criar um projeto para alcançar esta meta.

Para tal, ela começou a elaborar um absorvente interno produzido com fibra de banana, que é considerado um material biodegradável. Este produto vem no formato de um rolo, semelhante a um papel higiênico. A própria mulher destaca uma parte e a enrola, formando um absorvente interno.

Rafaela afirmou que decidiu escolher o primeiro deles, que é a erradicação da pobreza. A missão é acabar com a pobreza em todos os lugares e de todas as formas, segundo a aluna do curso de design de produto da Universidade Federal do Paraná. Pensando nos tipos de pobreza, a universitária escolheu focar na população sem teto.

“Foi então que me deparei com os problemas das mulheres em situação de rua.”, afirma a estudante para o portal G1.

A estudante começou a pesquisar a situação e descobriu que é comum moradoras de rua improvisarem absorventes.

“Elas acabam usando pedaço de tecido, pedaço de papelão e sacolas plásticas.”, destaca Rafaela.

O desenvolvimento de absorventes biodegradáveis em formato de copo coletor ou de calcinhas absorventes não foi considerado como opção já que as moradoras de rua não costumam ter acesso a banheiro nem água potável, não tendo como higienizar esses produtos.

A excelente ideia da paranaense lhe rendeu o prêmio alemão “iF Design Talent Award” de 2019, o único projeto brasileiro a ganhar a premiação no ano passado.

Veja também: Estudante de gastronomia cria prato com resíduo da bananeira

 

Sobre o produto biodegradável

É classificado como biodegradável aquele produto que se decompõe rapidamente na comparação com os produtos tradicionais. Além disso, ele precisa ser absorvido rapidamente pela natureza, o que gera menos impactos ambientais. Na maioria destes produtos, o resultado da decomposição é a água, o material biológico e o dióxido de carbono.

Outro ponto a ser considerado para que um produto seja biodegradável diz respeito à matéria-prima. Ele deve vir, em grande parte, de produtos biológicos, como resíduos vegetais de cana-de-açúcar, soja e arroz.

 

Redação por: Adriano Dias

17/03/2020 – 15h48

> Voltar

© Copyright 2018 - Fundação Cristã Espírita Cultural Paulo de Tarso / Rádio Rio de Janeiro

Tsuru Agência Digital
Desenvolvido pela