Família de Gugu Liberato quer criar campanha para doação de órgãos no Brasil
Apresentador faleceu após um acidente doméstico nos Estados Unidos.
Todo mundo sabe que a doação de órgãos pode ser considerada um ato de consciência e amor ao próximo. Para se ter uma ideia, todos os anos, milhares de vidas são salvas por meio desse gesto. Por muitas vezes, este ato pode ser a única esperança de vida ou a oportunidade de um recomeço para pessoas que precisam de doação.
É preciso que a população se conscientize da importância do ato de doar um órgão. Hoje é com um desconhecido, mas amanhã pode ser com algum amigo, parente próximo ou até mesmo você. Uma das pessoas que tinha esse pensamento era o apresentador Gugu Liberato, que retornou a pátria espiritual em novembro do ano passado após um acidente doméstico, nos Estados Unidos.
O nascimento do projeto
No último dia 9 de dezembro, a família do apresentador se reuniu para planejar uma campanha de incentivo à doação de órgãos no Brasil. A intenção do projeto é esclarecer e conscientizar a população sobre o tema e aumentar o número de doadores em nosso país, que ainda é baixo.
De acordo com assessoria de imprensa da família, “após saberem que o ato de doar os órgãos fez com que o assunto ganhasse espaço nunca visto nos meios de comunicação e aumentasse o número de telefonemas e doações de órgãos para a Central Nacional de Transplantes, a mãe e os irmãos de Gugu estudam uma ação associada a Associação Brasileira de Transplantes de Órgãos e /ou Ministério da Saúde para esclarecer a população sobre o tema, alavancar essa discussão e, consequentemente, aumentar o numero de doadores”.
Em meio ao seu trágico falecimento, Gugu Liberato deixou o pedido póstumo para que sua família autorizasse a doação de seus órgãos. A cirurgia de extração durou cerca de seis horas e, segundo informado por sua assessoria, estima-se que tenha beneficiado cerca de 50 outras pessoas.
Apesar do número baixo, a doação de órgãos no Brasil bateu recorde no primeiro semestre de 2019, com 1.662 doadores. Este número representa um aumento de 16% na comparação com o mesmo período do ano anterior. Apesar disso, segundo o Ministério da Saúde, o índice de recusa das famílias em autorizar os transplantes ainda é alto, chega a 43%.
A doação na Doutrina Espírita
A doação deve ser voluntária e consciente. Para o doador, é um exemplo de desapego à matéria, expressando a sublimidade do amor incondicional em benefício do próximo. Já para o receptor, é um exemplo da misericórdia divina que permite a continuidade da existência física.
Divaldo Franco já disse uma vez: “Não pode haver maior dádiva do que oferecer algo que não nos é mais útil e que vai salvar uma vida”
Em entrevista à TV Tupi, em agosto de 1964, Francisco Cândido Xavier ressalta que o transplante de órgãos, na opinião dos espíritos sábios, é um problema da ciência legítimo, natural e que deve ser levado adiante. Na visão de Chico Xavier, os espíritos não acreditam que o transplante de órgãos seja contrário às leis naturais. Pois é muito natural que, ao nos desvencilharmos do corpo físico, venhamos a doar os órgãos prestantes a companheiros necessitados deles, que possam utilizá-los com proveito. A doação de órgãos para transplantes é perfeitamente legítima.
Para mais informações, basta acessar a página do Ministério da Saúde para saber as condições para se tornar um doador e ajudar no combate para salvar a vida de milhões de brasileiros.
Redação por Adriano Dias
04/01/2020 – 14h17
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